Com moral na Toca do Leão, Viáfara descola camisa personalizada para goleiros

Eles podem operar milagres, mas basta rolar um franguinho de leve pra serem crucificados. Até quem não curte futebol já ouviu a frase: posição de goleiro é ingrata. Não é bem assim. Qual jogador de outra posição temo privilégio de ter quatro cores diferentes de uniforme à disposição? No Vitória, só os goleiros.

Conquista do colombiano Viáfara. Hoje, diante do Camaçari, às 18h30, os rubro-negros terão a chance de ver o camisa 1 de amarelo pela primeira vez no Barradão. A estreia do padrão rolou na vitória de 3x2 sobre Serrano, sábado passado, em Conquista.

El Paredón, inclusive, sugeriu o design para o uniforme ao marketing do clube. Sua vontade era usar uma camisa personalizada, mas a ideia fica pro segundo semestre. Quando o Vitória repassou o desenho à fornecedora, em janeiro, o padrão rubro-negro já estava em fase final de produção. "Em 2010, recebi várias sugestões pelo twitter de camisas, shorts, meiões... Escolhi um e passei pro marketing. Mas pelo menos já temos várias cores", comemora Viáfara, há três anos no Vitória.

O queixo-duro vai ajudar as novas gerações de goleiros do Leão. André Curvello, diretor de marketing do clube, adianta que a partir de 2012 os arqueiros terão voz ativa na escolha dos novos uniformes. “Vamos pedir pra eles sugerirem ideias. Como os goleiros usam um padrão diferente, eles vão opinar”, garante.

Vaidade - Essa notícia merece até fogos de artifício. “Quando cheguei (2008), era camisa preta ou cinza, com meião preto. Uma combinação toda esquisita. Ano passado, cheguei a ligar pra Penalty pra pedir novos modelos. Eles disseram que eu tinha que falar com o Vitória. Falei, mas ninguém me escutou...”, aproveita para cutucar o ex-diretor de marketing, Ricardo Azevedo.

Toda essa preocupação tem haver com a vaidade. Prase ter uma idéia, Viáfara só topou tirar essa foto, ontem pela manhã, depois de tomar a boa e velha ducha pós-treino. “Gosto de me sentir confortável”, brinca.

Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 16 de abril de 2011