Baiano de Barreiras, Luiz Razia, 22 anos, representará o estado na categoria mais importante do automobilismo mundial pelo segundo ano consecutivo. Em 2010, foi piloto reserva e de testes da então recém-criada equipe Virgin. Agora, defende a Lotus como primeiro substituto de Heikki Kovalainen e Jarno Trulli. Razia foi campeão sul-americano de F-3 com 17 anos, em 2006. Disputou a Fórmula 3000 europeia e desde 2009 está na GP2, categoria de acesso à Fórmula-1. Chegou a oportunidade. Confira a entrevista!
De Barreiras para a F-1. Como é chegar tão longe?
É um sonho. Quando sai da minha cidade não pensava chegar tão longe. Estou trabalhando com uma equipe de Fórmula-1 agora. Dentro, participando de tudo e guiando o carro também. Parece tudo um sonho, mas é a realidade.
O assédio é grande lá em Barreiras?
Em Barreiras, as pessoas são minhas amigas desde que vivia lá (agora Luiz Razia mora na Itália), então eles estão mais que acostumados comigo pela cidade.
Ano passado você era piloto de testes da Virgin. Este ano, migrou para a Lotus, uma equipe mais estruturada. O que muda?
Cada ano estou mais forte, mais preparado. Este ano vai ser mais um de aprendizado como todos, mas agora já tenho certa experiência das coisas e de como proceder. Espero também ajudar a equipe em vários sentidos, desde a minha informação sobre o carro até o meu método de trabalho.
Dá para conciliar a temporada da GP2 e as atividades com o piloto de testes na F-1?
É preciso muito empenho, mas como ano passado eu conclui o ano dessa forma, creio que já tenho a experiência certa para atender todas as atividades desse ano com mais profissionalismo e menos cansaço. Acredito que é umas das melhores oportunidades que já tive na minha vida.
Dois brasileiros perderam lugar no grid da F-1. Desanima? Atualmente o que mais conta é dinheiro ou talento?
Os pilotos conseguem patrocínio pelo que atingem na carreira. Normalmente, pilotos bons tem bons patrocinadores. Porém, estamos vivendo uma fase no Brasil em que todos os bons pilotos estão sem patrocínio. E não deveria, pois nossa economia cresce a cada dia e o retorno da Formula 1 e incomparável com qualquer outro evento.
Já dá pra apostar em quem é favorito para 2011?
Ainda é cedo para dizer algo, mas se os carros da Red Bull continuarem como em 2010, acredito que Webber e Vettel brigarão sempre. Porém, estratégias serão a chave para o sucesso em 2011. E engenheiros e pilotos a estarão à frente desse desafio. Quem acertar vai fazer muitos pontos.
Entrevista publicada na edição impressa do jornal Correio do dia 25 de março de 2011
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