Os pés de William carregam a responsabilidade de reduzir ainda mais a pequena distância até a Série A, mas é nas mãos de Deola que reside a tranquilidade rubro-negra. Se o camisa 1 fechar o gol do Leão neste sábado (24), o acesso é garantido.
“Já começa assim?”, divertiu-se o goleiro com a primeira pergunta da última coletiva do ano no Barradão, para depois responder. “Está tudo nas nossas mãos (do grupo). Mas se não soubermos respeitar o Ceará podemos ter trabalho”, compreende, prudente.
Deola agradece e aponta o caminho: pra cima, Leão! |
Motivação é bola na rede, e o atacante William tem um motivo especial para querer marcar o dele. Seu Arlindo Souza, pai do centroavante, estava internado em Curitiba e enviou um pedido através de dona Maria. “Ele pediu um gol e o acesso. Ele nos deu um susto e nem consegui falar com ele. Minha mãe que me passou tudo. Eu estou bem e pronto para buscar esse acesso de qualquer maneira”, garantiu o atacante de sete gols na Série B, que preferiu não revelar o problema de saúde do pai.
Calma
O discurso é de respeito ao Ceará, sem pretensões na Série B. Por isso, atenção total. A concentração para o jogo de hoje começou desde quinta à noite. “É a hora que todo mundo tem que puxar pra si a responsabilidade. Ter a calma na cara do gol. Todos os torcedores vão estar ao nosso lado. Ficou pra última rodada e não vamos deixar escapar”, comenta William, titular nas últimas duas partidas, quando o Leão dependeu de uma vitória para antecipar o acesso. No interior paulista, derrota de 1x0 para o Guaratinguetá. Em Joinville, o time da casa arrancou o 1x1 aos 43 do segundo tempo. É esquecer.
O técnico PC Gusmão tenta evitar todo tipo de estresse, seja ele mental ou físico. Foco no acesso no jogo das 15h20 de hoje. Na quinta, os titulares só deram uma corridinha. Ontem pela manhã, nada de treino tático ou bola parada. O treinador liberou um rachão para divertir os jogadores.
Nos últimos dias, o técnico teve poucos problemas pra definir a equipe. Na esquerda, Mansur é a única opção para a vaga de Gilson, suspenso com o terceiro amarelo. No ataque, sua maior preocupação, a conclusão é de que Dinei é o nome ideal pra substituir Elton, outro suspenso e já de férias. Quem esteve no Barradão foi o volante Uelliton, liberado pela diretoria na última segunda. Chegou acompanhado do filho Enzo.
Mas o camisa 5 deve ser Michel, recuperado das dores no joelho. “Tava como dúvida. Tomei uma pancada no joelho. Fiquei até quarta-feira tratando. Me impedia de andar direito e correr. Na quinta fiz um trabalho com bola, treinei o rachão e estou à disposição. Ele não conversou comigo se vai manter o Mancha e Bob. Quem ele escolher tem que se manter focado”, disse o volante, titular desde o Baiano.
Para coroar o ano, Michel tem o Ceará pela frente, clube que defendeu por cinco anos. “Trezentos jogos com a camisa, ídolo da torcida, mas nada de amolecer. Sabemos da qualidade do adversário. Sabemos que com um empate a gente se classifica. No primeiro jogo lá, o torcedor gritou meu nome no PV. Tive um pouco de ansiedade para saber a reação. Mas agora estou mais tranquilo”, define o volante.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade