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Eduardo Ramos não se pronuncia e deixa tudo nas mãos do pai |
O Super-Homem vive dias de cobra e quer dar o segundo bote no Leão em menos de uma semana. Depois de Nikão, o meia Eduardo Ramos, confirmado pelo Vitória na segunda-feira, mas que na quinta voltou a treinar no Náutico, também é alvo do Bahia. Entretando, a história dessa vez é mais complexa. Olha só a confusão.A diretoria rubro-negra bancou a contratação após acertar todos os detalhes com o pai e procurador do jogador, Carlos Martins, com quem conversava há três semanas. Conforme combinado com os dirigentes do Vitória, Carlos deixou Goiânia em direção a Recife, terça-feira, para tratar da rescisão do filho com o Náutico. Aí, o clube pernambucano disse que só liberaria caso o Vitória cedesse o volante Ramirez, em briga judicial com o Leão. Era o início do tumulto. Carlos, que havia fechado a vinda de Eduardo pro Barradão, garantiu, na quinta-feira pela manhã, durante o treino do Náutico, que o jogador ficaria nos Aflitos. Ele alegou o acerto de umas pendências entre clube e jogador. Já o clube, alegou outra versão: "Carlos passou pra gente que eles não quiseram liberar Ramirez. O Bahia entrou na parada. Vão acabar perdendo Eduardo, como perderam Nikão", ameaçou o diretor de futebol do Náutico, Zeca Cavalcanti.
Palhaçada - Entretanto, o Vitória, através do diretor de futebol Beto Silveira, negou o entrave para envolver Ramirez na negociação. "Em nenhum momento o Vitória disse que não liberava Ramirez. Se o empecilho for esse, a gente fecha negócio", garantiu, já de Juazeiro do Norte, no Ceará. Ao ser contactado no início da noite, Carlos Martins já apresentava outra versão do caso. "Mudou tudo de novo. É uma palhaçada. De manhã era uma coisa, de tarde foi outra. Está tudo certinho pra Eduardo ir pro Vitória", contou ele, que iria atualizar Raimundo Queiroz, ex-diretor do Vitória e intermediário da negociação, sobre a reviravolta. Queiroz, enfim, passaria o recado para a cúpula rubro-negra. Onde entra a cobra tricolor no caso? Diferente do rival, o Bahia fez contato com o procurador e com o Náutico, que espera uma lista dos jogadores que o Esquadrão aceita emprestar. O pai do jogador confirmoua possibilidade de um novo Ba-Vi fora dos campos acabar com outra vitória em três cores. "Troquei uns cinco telefonemas com o Bahia e falei que se a negociação com o Vitória não desse certo, haveria a possibilidade, sim", disse Carlos. O Vitória, que chegou a oferecer Viáfara como moeda de troca, aguarda um desfecho hoje, quando o procurador espera, enfim, acertar a rescisão. Resta esperar: em clássico não há favorito.