Primeiro foi o bate-boca com o técnico Ferreira e o volante Fausto na partida contra o Atlético, no Barradão. Depois, no Ba-Vi de Pituaçu, levou cartão vermelho por fazer falta dura e, no caminho do vestiário, deu declarações polêmicas sobre o lateral-esquerdo Ávine e o clube adversário.
É... Neto Baiano andou de cabeça quente. “É o meu jeito de extrapolar, mas Lopes conversou muito comigo”, diz Neto, artilheiro do Vitória no estadual, com três gols, e de volta ao time às 21h50, contra o Vitória da Conquista, em Conquista.
Antonio Lopes parecem ter ecoado na cuca do centroavante, e Neto promete uma postura bem diferente hoje. “Cabeça de gelo. Ainda mais porque vou jogar a 50 minutos da minha cidade e minha família toda vai pro estádio, aí não posso dar mau exemplo”.
Se sair da linha, o atacante nascido em Ituaçu, Sudoeste do estado, vai levar um puxão de orelha de seu Euvaldo. O avô de 87 anos estará na arquibancada e não quer ver o nome dele envolvido em confusão. Afinal, Neto Baiano é apenas o apelido de Euvaldo Neto.
“Tem dois anos que não vejo o meu avô e é sempre especial estar perto dos familiares”. Em meio às confusões, Neto esqueceu o caminho do gol. Não marca há 17 dias. A última vez que balançou a rede foi em 13 de fevereiro, quando o Vitória venceu o Atlético no Barradão por 3x1. Passou batido no último Ba-Vi e nos dois jogos da Copa do Brasil contra o Botafogo da Paraíba.
Incomodado? “Demais. Muito mesmo. Fico estressado com isso. Não gosto de passar muitos jogos sem fazer gol, atacante não pode. Pro trabalho ser valorizado, tem que marcar”, realça. Apesar do jejum do artilheiro, o Vitória lidera o Grupo 2 com 17 pontos e, a depender da combinação da noite, se classifica até com derrota. O Vitória da Conquista tem 16 pontos, segundo do Grupo 1.
Cobrando - Suspenso por causa da expulsão no clássico, Neto não jogou contra o Bahia de Feira e viu os companheiros saírem de campo vaiados, mesmo com a vitória por 2x0. Hoje, ele terá a chance de fazer as pazes com a rede e ajudar o Vitória a reconquistar o público.“ A torcida tá cobrando pelo que aconteceu na Copa do Brasil e a gente teve uma queda no estadual. Temos que nos erguer”, diz. Seu Euvaldo está de olho.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 2 de março de 2011
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