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Diário de bordo, dia 3: "deu pra ver de muito perto o que é poder de superação"

Do alto de morro em Rio de Contas, na Chapada Diamantina, repórter presencia momento de fé protagonizado por ciclista

• 25/10/2011 às 22:47 • Atualizada em 06/09/2022 às 23:10 - há XX semanas

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Terceira etapa foi acompanhada do alto de morro
Desta vez o cansaço era tamanho que a noite não deixou o que comentar. Dormi como uma pedra, e aí estar numa barraca ou num hotel cinco estrelas não faz muita diferença. Despertar às 7h30 e no terceiro dia de competição iria acompanhar a Brasil Ride de um lugar diferente. Tomamos a van reservada para a imprensa e subimos morro acima em Rio de Contas, rumo a uma pequena capela que fica no topo, com uma vista privilegiada. Os atletas passariam por lá e isso poderia render boas imagens e relatos para depois. Rendeu.Subir de carro foi fácil. Só precisamos caminhar uns 400 metros porque depois de certo ponto carros sem tração nas quatro rodas não subiam. Difícil seria para as centenas de ciclistas. Já na primeira volta um deles passou ao lado da igreja literalmente babando. Ao ver aquela cena entendi que a manhã no alto do morro seria reveladora. À medida que eles passavam, volta após volta, muitos trazendo a bike nos ombros, era possível entender porque dizem tanto do poder do esporte. Aqueles homens e mulheres estavam não superando, mas expandindo seus limites. Uns conseguiam forças para rir para a turma de fotógrafos, outros faziam as mais variadas caretas mostrando que estavam tirando forças de onde talvez nem mais tivessem. Deu pra ver de muito perto o que é poder de superação.
Um momento foi marcante. Ao final da prova, já era a última volta. Quem passava na igrejinha, esgotado, só queria descer e encerrar mais uma etapa, mas um ciclista me surpreendeu. Sentado no banco da capela, assisti Marcos Yamamoto passar por dentro da capela, largar sua bike do lado de fora, e voltar: "tenho que agradecer a Deus por essa conquista". Foi impossível não se emocionar. Para ele deixou de importar naquela hora se outro ciclista passaria à sua frente. Ele estava ali superando a si mesmo, e não aos outros, e tinha alguém a quem precisava agradecer.Finalizada mais uma etapa, era hora de descer de volta para a Vila Brasil Ride. O almoço aqui tem sido a refeição que nunca sei a que horas poderei fazer. Nesta terça (25) ele aconteceu perto das 15h. Depois de matar a fome, uma surpresa boa. Um passeio rápido até uma cachoeira a menos de um quilômetro de Rio de Contas. Foi rápido, mas o banho gelado parecia que estava lavando a alma. Renovou as energias para, depois do jantar, ficar mais algumas horas na sala de imprensa.*Repórter enviado a convite da organização da Brasil RideAcompanheDiário de bordo, dia 1: saiba como estão sendo os dias do repórter do iBahia que está na ChapadaDiário de bordo, dia 2: repórter do iBahia na Brasil Ride toma susto depois de chuva em acampamento

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