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Dinei: festa, emoção e música pronta se marcar mais três

Atacante entrou para história dos clássicos Ba-Vis ao marcar quatro vezes na final do Baianão 2013

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14/05/2013 às 9:06 • Atualizada em 02/09/2022 às 5:42 - há XX semanas
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Dinei só poderá colocar a mão na taça domingo, mas já levou um troféu pra casa. A camisa 9 usada no 7x3 do Ba-Vi é objeto de orgulho pra ele, a esposa Janaína e a filhinha Flora. Foi com ela que o centroavante balançou as redes quatro vezes e colocou o nome na história do Vitória. Ao lado de Índio, se tornou o maior artilheiro do clube num único clássico. E essa não é qualquer camisa na rouparia. Leva o nome da mãe de Dinei, dona Flora, falecida há seis anos. A filha do atacante ganhou o mesmo nome em homenagem à avó. Só que o atacante estava tão concentrado no jogo que não percebeu a homenagem do clube ao Dia das Mães. “Só percebi quando Deola falou na oração. Eu não sabia e estava tão concentrado que não vi”.
Não viu no vestiário, mas quase rasgou a camisa em campo pra que todos vissem o nome da mãe na comemoração do primeiro gol. “Lembrei dela e por isso mostrei o nome com muita vontade. Eu era muito apegado a minha mãe. Fiquei emocionado e até chorei”, contou o caçula dos oito filhos. “Eu sou o mais novo e ela me mimava mais. Tive mais inspiração por ser nessa data e por ela não estar mais presente. Foi um dia especial”. Festa em Salvador e em São Domingos, cidade do semiárido baiano a 234 km da capital, onde Dinei nasceu. “Liguei pra meus irmãos e a cidade estava em festa. A maioria das pessoas lá me conhece. Fico feliz de ser um exemplo para os jovens de lá”. Dinei comemorou a goleada com a família e o zagueiro Gabriel em uma churrascaria. Acabou não vendo seus gols ao som do Lek Lek no Fantástico. “Não vi, mas deixei gravado. A torcida colocou essa música como o hino do Vitória, por isso pedi. E também porque minha filha fica se mexendo. Ela é esperta, já conhece o escudo do Vitória, dança o Lek, Lek e o Ziriguidum. É uma figura”. Difícil imaginar que balançaria a rede quatro vezes. “Foi o destino. Índio chegou essa semana pra treinar, disse que eu teria que fazer cinco. Até brinquei que era difícil bater o recorde dele, mas tive a felicidade de fazer quatro. Cinco não iria dar tempo. Quando fiz o quarto, o juiz acabou”. Faltou um gol pra ele completar nove na temporada e se igualar a Nicácio. “Nem me preocupo. Nicácio é excelente jogador, amigo. Foi o primeiro a me abraçar no gol”. E próximo domingo? “Rapaz, cada jogo é uma história. Fazer quatro em um Ba-Vi é complicado. Vai ficar marcado por anos como o Índio ficou”. Dinei não gosta de provocar, mas se marcar de três pra cima, o gênero musical será outro. “Vamos ver uma música já no embalo do São João”. O importante é seguir na dança.

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