Buscar informação sobre o agente, o clube, a federação de futebol e o país são conselhos básicos aos jogadores que queiram sair do Brasil para tentar uma vaga no exterior. Além disso, o Ministério das Relações Exteriores recomenda que os atletas documentem ao máximo toda a negociação e evitem sair do Brasil sem contrato (com agente e clube), sem vistos de negócios (para fazer teste) e de trabalho (para poder ser contratado). É preferível que os jogadores fiquem com as passagens de ida e volta em mãos e evitem deixar o passaporte por longo prazo com terceiros – se fizer, a recomendação é guardar um protocolo. Cartilha disponível no Portal Consular do Itamaraty alerta para diversos riscos e se dirige especialmente aos jogadores mais jovens e sem experiência internacional. Conforme o texto, “as dificuldades ocorrem com os jogadores muito jovens e ainda pouco conhecidos, muitas vezes originários de cidades pequenas, convidados muitas vezes por clubes menores, nem sempre cientes do cumprimento dos compromissos assumidos com jogadores estrangeiros”. De acordo com o presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol de Portugal, Joaquim Evangelista, há “pouca transparência” nas transferências de jogadores sul-americanos para Portugal. Muitas vezes, os jogadores não conhecem os agentes (empresários), clubes e investidores, e não sabem sobre como se dá a negociação. A falta de clareza sobre os negócios expõe a riscos especialmente os atletas mais jovens nas categorias de acesso. “Reconheço que há um conjunto de jogadores que está em categorias inferiores e condições mais desfavoráveis e que não tem possibilidade de reagir. Só no limite, quando está numa situação de risco, é que denunciam”, diz Evangelista descreve que mais de um tipo de problema e disponibiliza contato do gabinete jurídico do SJPF. Em Portugal, uma precaução contra os riscos de ser enganado é conhecer a convenção coletiva entre jogadores e clubes e os documentos oficiais da federação – além de evitar negociar com agentes que não sejam licenciados pelas federações de futebol. Segundo o agente brasileiro registrado na Federação Portuguesa de Futebol, Marcelo Silva, escolher o agente licenciado com assistência jurídica e “conhecimento profundo” é o “primeiro passo” para trocar o Brasil por Portugal. O agente licenciado é inscrito no quadro da federação após seleção que inclui prova sobre conhecimento jurídico. O site da federação e da Federação Internacional de Futebol (Fifa) divulgam nomes e contatos dos agentes licenciados e que estão formalmente autorizados para fazer negócios entre jogadores e clubes.
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