 |
|---|
| Polícia fez segurança na Toca do Leão no domingo |
O comerciante rubro-negro Carlos Gidi foi à Toca do Leão no domingo de folga para desabafar. Encontrou os portões fechados e não conseguiu entrar, mas soltou o verbo. "Eu tô preocupado. Na minha empresa, se o funcionário não presta, eu boto pra fora. Aqui tem que se respeitar. Perder para o Atlético Paranaense e para o São Caetano... Depois ganhar do CRB como ganhou...", disse, inconformado com a derrota por 3x0 para o Bragantino no último sábado, em Bragança Paulista.
Novo técnico do Vitória, PC Gusmão diz que jogadores precisam pensar no título da Segundona Mesmo chateado, Carlos garantiu que vai ao Barradão nesta terça-feira (6) para apoiar o time no jogo das 20h50 contra o América-MG. "É preciso saber o momento certo pra fazer reivindicações. Se o Vitória não subir, aí sim viramos as costas", avisou. O Vitória é o 3º colocado na Série B, com 66 pontos. Na última sexta, véspera do jogo contra o Bragantino, os protestos não ficaram nas palavras. Integrantes da torcida organizadaOsImbatíveis protestaram no embarque para São Paulo e chegaram a agredir o zagueiro Gabriel com um tapa nas costas.
Mudança - Gidi encontrou o portão fechado por conta de uma mudança no treinamento. Marcada inicialmente para às 10h, a reapresentação dos titulares foi adiada para às 18h de domingo. Segundo a assessoria de comunicação do clube, a mudança foi feita a pedido dos jogadores, que gostariam de ficar um pouco mais com a família. Os reservas iniciaram o treino - que teve presença da polícia - um pouco antes, às 16h30, e a concentração para o jogo de terça começou domingo mesmo.
 |
|---|
| Comerciente: "se o funcionário não presta, eu boto pra fora" |
O elenco rubro-negro havia desembarcado em Salvador por volta da meia-noite de sábado. Alguns integrantes da Os Imbatíveis foram ao aeroporto, mas não houve tumulto. A delegação entrou no ônibus do clube ainda no pátio do aeroporto e foi escoltada por policiais do Batalhão de Rondas Especiais da Polícia Militar (Rondesp) até a Toca. Do CT, os jogadores seguiram para casa.
Desprevenido - Assim como a imprensa, o atacante Dinei, que não viajou com o grupo, também estava desavisado. Sem parar para falar com os jornalistas, deu meia volta após ser informado da mudança do horário. O lateral-direito Léo também voltou pra casa. "Fiquei sabendo agora que o treino mudou para 16h30", disse o jogador, que não foi relacionado para o jogo do último sábado. Assim, não presenciou o protesto da torcida no aeroporto, mas falou sobre o clima vivido no clube. "Tá difícil, ninguém gosta de ficar nessa situação. Isso só piora as coisas, pode cobrar, mas não bater", avaliou. Se recuperando de uma lesão na coxa, o meia Pedro Ken foi ao Barradão domingo pela manhã para fazer tratamento. O atleta só deve retornar ao time no dia 10 de novembro, contra o Guaratinguetá. Um dos líderes do grupo, Pedro Ken lamentou a queda de rendimento do time e os últimos episódios envolvendo a torcida rubro-negra.
 |
|---|
| Pedro Ken: "só não pode agredir" |
"O torcedor tem razão de protestar e a gente pede desculpas, mas também apoio, pois ainda temos chances. Temos cinco pontos à frente do 5º colocado e dependemos só da gente", ressaltou. "A torcida tem o direito de cobrar pela fase e a gente entende, só não pode agredir. Isso não ajuda e nunca vai ajudar. É procurar honrar a camisa do Vitória. O grupo é unidoe não existe essa coisa de racha. Agressão só atrapalha, como deve ter atrapalhado nesse jogo de sábado", opinou o meia. Toda essa movimentação só mesmo em frente ao portão de entrada do estádio. A bilheteria do Barradão, que exibia um cartaz com letras grandes dizendo "estamos funcionando", não recebeu nenhum torcedor pra comprar ingresso entre as 9h e às 12h. "Hoje nada, por enquanto ninguém", confirmou um funcionário, por trás do vidro fumê.
Diretoria muda horário de treino e até atletas ficam do lado de fora
