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Jorge Wagner chega para ser o cérebro do time |
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Na contra mão da correria da garotada, a paciência e a calma. Uma boa dose de experiência para o jovem grupo do Vitória já tem data para ser injetada: sexta-feira. Às 11h, o Leão apresentará o meia Jorge Wagner, anunciado oficialmente nesta terça-feira (20). A negociação com o jogador de 36 anos já estava acertada desde a semana passada, mas ainda faltava a rescisão de Jorge Wagner com o Kashima Antlers, do Japão, com quem tinha contrato até julho. O atleta fica no Leão até o final do ano e chega para ser referência num elenco em que, por conta do grande número de garotos oriundos das divisões de base, a média de idade está em torno dos 23 anos. O técnico Ricardo Drubscky comemorou a chegada do meia, que é torcedor declarado do Bahia. “Jorge Wagner já tem uma história no futebol brasileiro e vem com propósito de dar equilíbrio ao nosso time e de dar um pouco de liderança a nossa equipe”, analisou o comandante rubro-negro. Ele sabe que, aos 36 anos, o papel do atleta na equipe será de controlar as ações, além de contribuir decisivamente com a qualidade na bola parada. “Não esperamos- e espero que o torcedor também não espere - aquela espoleta ou um corredor dentro de campo. Esperamos aquele jogador pensador, que possa pautar o jogo pra nós, dar equilíbrio. Futebol não se vence só com correria, mas também no mental”, afirmou Drubscky. O reforço é tratado no site oficial do Vitória como “novo 10”. Drubscky fala de Jorge Wagner com conhecimento. Apesar de nunca ter treinado o jogador, ele fazia parte da diretoria do Cruzeiro quando o meia foi contratado pelos mineiros junto ao Bahia, em 2001. “Ele talvez não saiba, mas fui um dos profissionais que respaldaram a ida dele para o Cruzeiro. Vi um jogo dele, era um canhoto trabalhador, dinâmico, técnico”, conta o treinador rubro-negro. Depois do Cruzeiro, Jorge Wagner foi campeão da Libertadores no Inter (2006) e bicampeão brasileiro pelo São Paulo (2007 e 2008). Jogou também no Corinthians, no Lokomotiv, da Rússia, Bétis, da Espanha, e Kashiwa Reysol, do Japão, para onde foi em 2011 antes de retornar ao Brasil pelo Botafogo em 2014. Após a Copa, voltou ao Japão e fez só oito jogos pelo Kashima Antlers.