O treino estava programado para as 16h, mas nenhum jogador desceu para o campo no Fazendão. Todos estavam no auditório, junto com a comissão técnica, estudando a melhor estratégia para vencer o Vitória, adversário de domingo, na Fonte Nova, no primeiro jogo da final do Campeonato Baiano. Duas horas depois, quando a boleirada finalmente apareceu no gramado, o sol já havia ido embora, assim como as condições de treinamento.
O técnico Marquinhos Santos, mesmo assim, comandou um coletivo de dez minutos. Segundo ele, a conversa foi tão produtiva que o time não sentirá falta do pouco tempo de atividade com bola. "A conversa foi melhor do que qualquer treino. Analisamos o adversário, os pontos positivos e negativos. Analisamos a nossa equipe também. Depois disso, os jogadores conversaram entre si. O treino também foi bom, mesmo com a dificuldade de não ter iluminação. Me agradou o que eu vi. Começamos a desenhar o time do Ba-Vi", disse o treinador, visivelmente motivado.
Durante a longa conversa, o lateral-esquerdo Ávine, de contrato renovado por mais duas temporadas, pediu a palavra e falou sobre o significado do clássico para o clube e os torcedores. O jogador ainda se recupera de uma lesão no joelho. "Você escutar uma pessoa como Ávine, com tudo o que passou no clube, não é perda de tempo. É um aprendizado. Isso me enriqueceu e tenho certeza que os jogadores também. Não só profissionalmente, mas como pessoa", comentou Marquinhos.
Na descida das escadarias, o elenco tricolor pareceu estar tranquilo, e as brincadeiras foram predominantes. A alegria também inspirou Marquinhos Santos, que comemorou o fato de disputar a final do estadual pelo Bahia tão novo. "É Ba-Vi, pô! Decisão. Não tem como estar triste. Chegar a um Bahia com 34 anos, numa decisão, com tantas adversidades que enfrentamos, é uma felicidade. Para mim é uma honra, um momento de orgulho levar o Bahia à condição de finalista", concluiu o professor, que hoje fará um treino secreto na Fonte Nova.
Maxi - Marquinhos tenta motivar o argentino Maxi Biancucchi. O atacante, que já fez oito partidas pelo Esquadrão, ainda não conseguiu fazer gol. O técnico não confirmou se Maxi começa como titular, mas manteve a hipótese no ar. "Já disse que ele é um predestinado. Com ele em campo, com certeza, Ney Franco ficará preocupado".
Matéria original: Jornal Correio*
Duas horas de papo e dez minutos de treino: dia atípico no Fazendão
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