Duas derrotas, dois times baianos na zona de rebaixamento. Ontem, às 16h, o Vitória entrou em campo na Arena da Baixada, contra o Atlético-PR, e, graças a um segundo tempo muito ruim, foi goleado por 4x1, o que lhe rendeu a 18ª posição.
O Bahia pisou no gramado da Fonte Nova pouco depois, às 18h30, em jogo contra o Flamengo. Com um homem a menos durante quase todo a partida, o tricolor viu Berrío fazer 1x0 para os rubro-negros e empurrar o Esquadrão para a zona da degola pela primeira vez nessa edição do Brasileirão. Domingo, as duas equipes se enfrentam, às 16h, no Barradão.
Na Toca do Leão, o técnico Alexandre Gallo admite que ainda está doído com o revés, mas comemorou que terá a semana inteira para trabalhar com o time.
“Foi uma derrota sentida por nós. Com certeza vamos recolher os cacos o mais rápido possível. Temos uma semana importante. No segundo tempo, faltou um pouco de atenção, confiança. Tomamos dois gols muito rapidamente e isso desestruturou nossa equipe”, disse o treinador rubro-negro.
Desgaste
A delegação do Vitória chega a Salvador hoje e recebe folga. Amanhã, o time também receberá folga. Na quinta, sexta e sábado, Gallo comandará treinos com portões fechados. Só quarta que a imprensa terá acesso à Toca do Leão.
Os dias de folga podem ser explicados. Após a goleada, Gallo saiu em defesa do elenco e afirmou que seus atletas estão muito desgastados fisicamente. “A gente vem em decrescente no aspecto físico. O time fez 41 jogos em cinco meses, é muito jogo. Precisamos recuperar nossos atletas. Também sei que precisamos contratar o mais rápido possível, mas não vou falar em quais posições porque encarece e gera burburinho”, afirmou.
Bronca
Já pelas bandas do Fazendão, os jogadores do Bahia creditaram o revés à expulsão de Lucas Fonseca, aos 30 minutos do primeiro tempo.
“Na verdade, o Lucas (Fonseca) chutou a bola e, como ele e o Guerrero vieram em velocidade, trombaram. Se alguém agrediu foi o Guerrero, não era para ter expulsado. Teve falta aqui na entrada da área e ele deu a dez metros”, reclamou Tiago, na descida para o intervalo.
O técnico Jorginho reforçou o coro após a partida. “O Lucas deixou o pé. Depois, com mais calma, é possível analisar melhor. Mas o primeiro cartão é que foi desnecessário. O árbitro foi muito enérgico, o quarto árbitro falando sempre com os nossos jogadores e membros da comissão técnica”, disse Jorginho, que também foi expulso da partida.
Segundo o treinador, o time vem tendo bons desempenhos, mas precisa vencer para sair da situação incômoda. “Fizemos um grande jogo, tivemos mais chances que o Flamengo, eles tiveram dificuldade de transitar na nossa área. A gente sente muito essa derrota, não merecíamos. Mas temos que ter calma, essa vai ser a primeira semana inteira que vamos ter para trabalhar a equipe para um clássico local importante para sair da zona de rebaixamento”, analisou.
Estreante da tarde, o lateral-direito Régis Souza, que entrou no lugar de Allione, no segundo tempo, já está de olho no clássico contra o Vitória.
“Jogar com um a menos é sempre muito difícil, ainda mais contra uma equipe de qualidade como é o Flamengo. A gente sempre tenta fazer o que o treinador passa, ser ousado para surpreender, mas não deu. A gente acredita no potencial do elenco para dar a volta por cima. O próximo jogo é Ba-Vi e a responsabilidade dobra, ainda mais com os dois clubes na parte de baixo da tabela. Vai ser muito importante vencer”, afirmou.
Para o confronto, Jorginho terá o retorno de Renê Jr. que cumpriu suspensão. Edson segue como dúvida.
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Redação iBahia
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