O cenário foi o mesmo de partidas recentes. O Bahia voltou a jogar mal, dessa vez diante de mais de 34 mil torcedores, e chegou ao oitavo jogo seguido sem triunfo.
Contra o Cruzeiro, na Arena Fonte Nova, o empate em 2 a 2 saiu no lucro. Com a ajuda do VAR, por pouco o Esquadrão não sai com mais uma derrota na competição.
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No Brasileirão, o Bahia está na 15ª colocação e corre o risco de entrar na zona de rebaixamento ainda nessa rodada. O Tricolor de Aço precisa para torcedor para que pelo menos dois entre Goiás, América-MG e Vasco tropecem para não figurar o Z4.
A expectativa da torcida era de que o time voltasse a apresentar um bom rendimento em campo, apesar dos desfalques. No entanto, o que se viu em campo foi um Cruzeiro mais perigoso.
O Bahia até iniciou bem a partida. Abriu o placar com um bonito gol de Kayky, de bico, e chegou a colocar uma bola no travessão com o lateral-direito Cicinho.
No entanto, o roteiro frequente de jogos do Bahia voltou a se repetir. Dessa vez, ainda no primeiro tempo, o Cruzeiro aproveitou duas falhas defensivas e virou a partida com Bruno Rodrigues e Wesley.
No primeiro gol do Cabuloso, a zaga não conseguiu parar William, Gilberto e Bruno Rodrigues. Os três tiveram toda liberdade para trocar passes e balançar as redes.
No segundo gol, o zagueiro David Duarte calculou mal a cabeçada e deixou Wesley na boa para virar a partida.
Atrás no placar, a torcida do Bahia esperava que o time voltasse a campo para pressionar o adversário e virar o jogo. O cenário foi outro, de um Cruzeiro mais perigoso é que desperdiçou chances de ampliar o placar.
Em jogada de bola parada, o atacante Arthur Sales, que entrou na segunda etapa, aproveitou o rebote do goleiro Rafael Cabral e empatou o jogo.
Depois, mais chances perdidas do Cruzeiro após intervenções importantes do goleiro Marcos Felipe. O atacante Henrique Dourado também parou no travessão e no VAR, aos 43 minutos, depois que marcou o terceiro gol, anulado por impedimento.
Nos acréscimos, ainda deu tempo da torcida tomar mais um susto. O juiz marcou um pênalti para o Cruzeiro, mas voltou atrás depois de ser sinalizado pela ferramenta que a falta foi fora da área.
Após a partida, o técnico Renato Paiva avaliou que o time fez um jogo equilibrado no sábado. O treinador disse acreditar que a queda de rendimento do Bahia em alguns momentos aconteceu por causa da falta de ritmo de alguns jogadores que entraram em campo.
“O Bahia entrou muito bem. Jogo equilibrado, dividido. Entra muito bem, no momento em que está melhor faz o gol, sofre o primeiro gol, reage e sofre o segundo com erros defensivos. Depois, há uma reação normal, começa melhor a segunda parte. Verdade que depois cai fisicamente e tecnicamente”, avaliou o mister.
“Explicação simples: jogadores que não jogavam há algum tempo. Treinador no Brasil é isso. Kayky, Arthur, Daniel, Mugni, Ryan, não estavam a jogar e quando o treinador fazia rodízio era super criticado”, opinou.
São seis jogos no Brasileiro e dois pela Copa do Brasil sem triunfos. Apesar de reconhecer o mal momento, Paiva disse acreditar nas próprias convicções.
“O torcedor tem direito a opinião e não controlo e nem quero. O mesmo que vaiou o Cicinho hoje o considera um dos melhores. Trabalho com minhas convicções, minha consciência profissional”.
O técnico do Bahia ainda citou técnicos consagrados mundialmente ao falar sobre unanimidade em cargos.
“Nem Guardiola e Mourinho, os melhores da história, não quero me comparar a eles, mas nem eles foram unânimes. Muito menos vou ser eu. Sigo meu trabalho com convicções, consciência e com o grupo do meu lado. Isso é que é importante, trabalho para eles e eles vão dar a volta”.
Agora Renato Paiva tem 11 dias para treinar a equipe, já que o Tricolor só volta a campo na quarta-feira (21), contra o Palmeiras, também na Fonte Nova. A partida, válida pela 11ª rodada da Série A, está marcada para as 21h30.
João Souza / Grito Baiano
João Souza / Grito Baiano
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