A chance de “virar a chave” na Série A e passar a brigar por uma vaga na Sul-Americana foi desperdiçada. O Bahia decepcionou os mais de 40 mil pessoas que foram para a Fonte Nova.
Talvez não houvesse um adversário melhor para que o Tricolor de Aço conquistasse o triunfo diante dos torcedores. O Santos estava na zona de rebaixamento, tinha acabado de demitir o treinador e há tempos não fazia uma boa partida.
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O Bahia entrou em campo empolgado e com pompa de favorito. A estreia de Rogério Ceni pelo clube contra o Coritiba, no Couto Pereira, encheu os olhos da torcida, que passou a almejar objetivos maiores.
Diferente dos 11 iniciais da semana passada, apenas Acevedo no lugar de Rezende, suspenso. Na teoria, o Bahia ficaria até mais ofensivo, já que o uruguaio tem como característica a saída de bola mais qualificada.
“A principal diferença é a bola aérea, Rezende estabiliza mais a defesa nessa jogada. Acevedo cobriu muito espaço hoje, bom jogador. Mas volante alto, na frente da zaga, ajuda muito nesse tipo de jogo”, analisou Rogério Ceni após a partida.
O que se viu foram muitos erros do Bahia em campo e o Santos perigoso nos contra-ataques. O cronômetro não marcava nem 10 minutos e o Peixe já tinha acertado a trave e colocado Marcos Felipe para trabalhar ao menos duas vezes.
Aos poucos, o Bahia foi entrando no jogo. O controle não foi completo, mas, aos poucos, o Santos deixou de ameaçar.
“Começo muito ruim da nossa parte. Era pra ter domínio, mas foi o Santos que teve as melhores oportunidades. Depois, ficou mais parelho, tivemos nossas oportunidades”, disse o técnico do Bahia.
A expectativa por um time dominante, que aproveitasse as fragilidades do Santos, não se concretizou.
Rogério Ceni afirmou que tem duas alternativas para jogar: com pontas velozes, em jogo de transição, ou tentar fazer um time que cadencie mais o jogo e não ofereça tanta bola ao adversário.
“Para que isso aconteça, precisamos melhorar a qualidade de passe, saída de bola, movimentação, estar mais próximos uns dos outros, é o que pretendo tentar desenvolver”, revelou o técnico.
No entanto, o time comandado por Ceni ainda saiu na frente, com um golaço de Camilo Cándido.
Mesmo na frente, o Bahia não fazia uma partida inspirara. Everaldo, Gilberto e Vitor Hugo foram algumas das peças que não estiveram bem.
“Não foi um grande jogo que fizemos, apesar do esforço dos atletas, jogo regular. Temos que treinar essa bola parada defensiva”, apontou o treinador.
O lateral errou quase tudo que tentou no ataque e sofreu para marcar os jogadores do Santos. Já o centroavante fez mais uma partida sem destaque.
“Vejo ele como melhor jogador nessa função de camisa 9, tentou, batalhou, no momento que senti que cansou, o Vini entrou no lugar dele. Dentro do elenco montado acho ele mais interessante. Não fez gol em Curitiba, mas participou dos lances. Precisamos do apoio de todos para esses jogadores, são eles que vão ter a obrigação e oportunidade de tirar o Bahia dessa situação incômoda até o final do campeonato”, analisou Rogério Ceni.
O zagueiro Vitor Hugo até fazia bom jogo, mas deixou Marcos Leonardo sozinho no gol de empate do Santos. O erro individual foi decisivo para o resultado da partida.
O Santos conseguiu virar a partida após dois lances de bolas paradas. O segundo gol foi cruel, nos acréscimos do segundo tempo.
O empate do Santos saiu em jogada ensaiada: cobrança de falta de Soteldo para Joaquim, que desviou para Marcos Leonardo completar de primeira.
Quando a partida caminhava para o empate, o Peixe conseguiu a virada e garantiu a vitória aos 48 da segunda etapa: Furch aproveitou mais uma assistência de Joaquim e fechou o placar em 2 a 1 a favor dos paulistas.
Na próxima rodada do Brasileirão, o Bahia vai até o Rio de Janeiro enfrentar o Flamengo, no dia 30 de setembro, às 16h, no Maracanã.
Vai ser o primeiro jogo do Rubro-negro após a final da Copa do Brasil. No primeiro confronto contra o São Paulo, perdeu por 1 a 0, no Maracanã.
João Souza / Grito Baiano
João Souza / Grito Baiano
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