Eu, meu repórter e meu fotógrafo chegamos à Arena Fonte Nova por volta das 11h45. A entrada da imprensa era pelo ladeira da Fonte das Pedras, onde a torcida do Bahia tinha acesso. Tudo correu tranquilamente naquele espaço, naquela hora. Na entrada do estádio, recebemos nossas pulseiras e entramos em direção à Tribuna de Imprensa. Tivemos problemas neste momento. Os orientadores que abordamos não sabiam responder por onde deveríamos seguir ou informavam incorretamente.
Até que fomos gentilmente levados, talvez pelo coordenador do pessoal na entrada Oeste 2. Mas nossos crachás não foram lidos pelas catracas, apesar das inúmeras tentativas. Logo depois, o tal coordenador nos indicou uma entrada sem catraca, onde, segundo a superior dele, era por lá que a imprensa estava tendo acesso. A partir daí, tudo ocorreu dentro dos conformes. Tanto no Salão de Mídia como na Tribuna de Imprensa. Não tivemos problemas com informações, fomos corretamente dirigidos pelos orientadores e nossa instalação foi tranquila. Mas houve contratempos pouco mais à frente. A internet disponibilizada pelo estádio não estava boa. Passamos horas tentando a conexão, mas sem sucesso. Ela vinha e voltava. Foi difícil trabalhar. Aliás, a reclamação neste quesito foi quase geral entre os jornalistas. Pelo menos aqueles com os quais conversei.
A registrar também que a ala onde nos instalamos ficou alguns minutos sem energia elétrica. Mas tudo foi resolvido em tempo hábil. A essa altura, passei a circular pelo estádio. Ouvi dos colegas de trabalho e de torcedores que, lá fora, tudo corria tranquilamente - sem brigas, sem tumulto. Mas ouvi de torcedores que os preços do lado de fora estavam inflacionados - cerveja, refrigerante, espetinho, etc. E que um menino com cadeira de rodas teve dificuldades para entrar no estádio pelo lado do Dique do Tororó, onde estava a torcida rubro-negra. A Arena Fonte Nova é quente. O ar pouco circula nas dependências do estádio. Haja água para refrescar. A situação tende a melhorar quando começa a anoitecer, como ocorreu. Estava acompanhado do meu fotógrafo durante o primeiro 'rolé' pelo estádio. Meio desorientados durante o tour, fomos entrando em todas as portas que nós víamos pela frente. Fomos parar em um depósito onde havia caixas, papelões, entulhos, freezers e muita poeira. Tudo isso aos olhos dos torcedores, sem qualquer advertência ou orientação. Na volta à Tribuna de Imprensa, soube por um orientador que o elevador da área vip estava emperrado. Depois de subidas e descidas, me instalei para ver os shows e apresentações artísticas. Minha rinite começou a atacar. Afinal, a poeira das obras ainda era intensa.
Dei outra volta pelo estádio assim que o BaVi começou. A proposta era observar tudo: comportamento de torcedores, orientadores, funcionamento dos bares, restaurantes, trabalho da PM, etc. De modo geral, tudo funcionou bem. Mas ouvi reclamação de alguns orientadores. Um deles, por exemplo, se queixou da reação dos torcedores do Bahia. O orientador pedia que eles permanecessem sentados e deixando o corredor vago. "A reação deles não é boa. Eu pedi ajuda à PM, mas eles não me atenderam. Eu não vou pedir mais. Temo por minha integridade física", disse o orientador. Depois desse incidente, percebi que os orientadores de fato não tinham o controle da situação. Alguns torcedores entendiam a situação e respeitava as regras, outros não. Centenas, milhares de pessoas permaneceram em pé durante o jogo, mas nada que atrapalhasse. No intervalo da partida, os bares funcionaram corretamente, assim como a circulação dos torcedores pelas dependências dos estádios. Quanto aos banheiros, não vi problemas e nem vi reclamações. A registrar somente a bagunça após o clássico - lixo no chão e piso molhado -, algo já previsto pelo consórcio que comanda o estádio tendo em vista a recepção de mais de 32 mil torcedores.
Deixamos o estádio pouco mais de 40 minutos após o fim do jogo. Saímos pelo mesmo lugar por onde entramos. Na rua, o trânsito da Avenida Joana Angélica estava completamente travado sentido Praça da Piedade. Na outra via o fluxo estava normal. Andamos em meio aos torcedores por algum tempo. As reclamações por conta da falta de estacionamento ganharam mais força. Os ônibus circulavam com certa frequência. Táxi era luxo. Não havia pontos. Pegamos um somente em frente à Praça Castro Alves. "Não é vantagem para a gente. Muito tumulto, muita muvuca. Perdemos muito tempo só para chegar. Melhor ficar longe mesmo", disse o taxista.Conclusão: pelo que o consórcio propôs para esta inauguração, a Arena Fonte Nova está aprovada. Os problemas apontados e registrados são considerados normais para este primeiro tipo de experiência. A missão do consórcio é analisá-los e ajustá-los a partir de agora. Porque, embora a Arena esteja inaugurada, ainda há muito o que fazer. Muito detalhe. A exigência do último domingo não se aproxima do que a Fifa e COL esperam encontrar para a Copa das Confederações e especialmente para a Copa do Mundo. Como o governador Jaques Wagner disse na coletiva antes do show, a Arena Fonte Nova ainda não está 100%.Leia mais Arena Fonte Nova: chegada tranquila de carona, táxi ou ônibus Entrada para o jogo na Fonte Nova ocorreu sem confusões Presidente da Arena diz que "se mataria" se houvesse despreparo Do alto: veja fotos de cima do primeiro clássico BaVi da Arena Ambulantes, estacionamentos e improvisos; como ficou o entorno da Arena Fonte Nova antes do BaVi Em coletiva na Arena Fonte Nova, Jaques Wagner avisa que estádio ainda será ajustado
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade