Itália e Egito fizeram um daqueles jogos impossíveis de se contar apenas com números. Os campeões mundiais chutaram mais a gol, tiveram mais posse de bola, obrigaram o goleiro El Hadary a fazer grandes defesas e, mesmo assim, saíram do estádio Ellis Park, em Joanesburgo, com a primeira derrota na Copa das Confederações. O Egito, mais eficiente, fez 1 a 0, gol de Homos, levando a decisão dos classificados do Grupo B para a última rodada e impedindo que o Brasil se garantisse nas semifinais por antecipação.
Com mais posse de bola, a Itália dominava o primeiro tempo, mas errava muito nas finalizações. Foram nove chutes a gol, mas apenas dois obrigaram o goleiro El Hadary a trabalhar. Primeiro aos 23 minutos, em bomba de Iaquinta de fora da área que o goleiro defendeu em dois tempos com dificuldade. E aos 25, o egípcio precisou voar para espalmar para fora o belo chute de Rossi. Mesmo com três atacantes, a Itália praticamente só ameaçava com chutes de longe.
Já o Egito tentava incomodar principalmente com as jogadas pela direita de Fathi. Mas fosse pelo alto ou por baixo, Cannavaro, de volta após lesão, mostrava a segurança habitual de quem já tem mais de 100 jogos pela seleção no currículo. Só aos 38, os campeões africanos conseguiram realmente levar perigo. Após boa jogada de Zidan e Aboutrika, Rabbou recebeu já dentro da área, mas demorou a concluir e permitiu o corte da zaga.
Um minuto depois, Rabbou foi mais rápido e acertou grande chute, obrigando Buffon a mandar para escanteio. Na cobrança, a bola passou por De Rossi e encontrou a testa de Homos, que mandou com estilo no canto direito de Buffon. Egito 1 a 0.
A Itália manteve seus três atacantes para o segundo tempo e aos oito minutos quase veio o empate. Quagliarella fez grande lançamento para Iaquinta, que conseguiu dominar livre, na marca do pênalti, mas na hora da conclusão foi abafado por El Hadary. Aos 17, Pirlo cobrou falta com muito perigo, a um palmo da trave esquerda de El Hadary.
O técnico Marcello Lippi colocou Montolivo, Pepe e Luca Toni e a patida ficou ainda mais aberta. O Egito saia rápido nos contra-ataques, aproveitando o campo aberto, mas não conseguia finalizar. E a Itália seguia perdendo chances. Aos 23, Pepe cruzou da direita e a bola atravessou toda a área, sem que Luca Toni e Iaquinta a alcançassem. Cinco minutos depois, Montolivo perdeu uma das chances mais claras do jogo. De cara para o gol, mandou em cima de El Hadary.
Aos 31, Cannavaro perdeu a bola na intermediária e Aboutrika mandou um canudo sobre o gol de Buffon. No minuto seguinte, foi a vez da Itália assustar. Pirlo cruzou e Iaquinta pegou de primeira, na entrada da pequena área, para defesa espetacular de El Hadary em cima da linha.
E aos 40, Iaquinta tentou cruzar e ia fazendo um golaço. Ia, não fosse a sorte ter escolhido o Egito nesta quinta-feira (18). E a bola do italiano, caprichosamente, acertou a trave. Pirlo, de falta, ainda tentou o empate pouco antes do fim, mas o tirou saiu por cima do gol. O último suspiro italiano foi nos acréscimos, em cobrança de escanteio. Até o goleiro Buffon foi para a área egípcia tentar o empate, mas os africanos se seguraram e conseguiram uma vitória histórica.
*Com informações do Globoesporte.com
Foto: Agência
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