Elenco tricolor usa as palavras para botar pressão nos jogadores do Santos

Capitão, Titi diz: "tá valendo o Mundial pra gente também'

A bola só rola no domingo (27), às 17h, na Vila Belmiro. Mas engana-se quem pensa que Bahia x Santos ainda não começou. No lado tricolor, o jogo de palavras já foi iniciado desde o primeiro dia da semana. Na luta contra o rebaixamento, os jogadores do Bahia colocaram em prática um ensinamento antigo no mundo do futebol: a intimidação. De olho no Mundial de Clubes, os santistas fazem a festa de despedida da torcida antes do embarque ao Japão. Vão com time titular, mas a ideia de Muricy Ramalho é não perder mais jogador por lesão. O volante Adriano lesionou o tornozelo no 1x1 com o Atlético Goianiense, na 34ª rodada, e está fora da competição internacional. No Fazendão, o elenco permanece com o discurso contrário à violência. Nada de botinadas propositais na canela de Neymar, Ganso, Borges e companhia. Apesar disso, a cada entrevista, a turma tricolor fez questão de mandar o recado. O primeiro foi o goleiro Marcelo Lomba. "Tô pensando só no Bahia. O meu vai estar na reta. Não tem essa de festa, de joguinho. Vamos ser leais, mas não vai ter espaço pra brincadeirinha. Estamos jogando a nossa vida". O zagueiro e capitão Titi, maior ladrão de bola do elenco com 61 desarmes em 30 jogos, vai na mesma linha. Para ele, a importância do confronto se equivale a uma final de campeonato. "Tá valendo o Mundial pra gente também. É uma batalha e vamos procurar jogar duro". Paulo Miranda, companheiro de zaga, faz questão de completar. "É o último jogo deles em casa, mas a gente vai estragar essa festa aí". Machucar - Ao menos no discurso, os santistas não parecem preocupados com o ímpeto tricolor. Ganso garante que vai botar o pé nas jogadas mais ríspidas. "Estou 100% e não tenho receio de lesão. Apesar de só ter feito duas partidas, tenho bastante ritmo de jogo. Penso em jogar bola e dividir firme sem me preocupar comisso", afirmou. Artilheiro do Bahia na Série A, Souza deixa clara a diferença entre vontade e violência. "Não vamos machucar ninguém, mas que vamos chegar um pouco mais duro, vamos".