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Em meio à turbulência política dentro do clube, o Vitória volta a campo hoje pela primeira vez após o vexame do último sábado, quando perdeu por 2x0 para o Colo-Colo, no Barradão, e deu adeus ao Baiano nas quartas de final, o que culminou com a renúncia do então presidente Carlos Falcão, na segunda-feira Por tudo isso, o duelo diante do América-RN, às 21h30, na Arena das Dunas, pelo jogo de ida das quartas do Nordestão, é tido como uma grande oportunidade para o Leão começar a superar a vergonha do fim de semana. É com esse pensamento que o recém-chegado Claudinei Oliveira tentou organizar a cabeça dos jogadores antes da viagem para Natal. “A gente tem que procurar deixar o jogador, o máximo possível, fora desse turbilhão. Para mim também não é uma situação nada agradável. A gente chegar, ter a eliminação e a saída do presidente, que foi a pessoa que me trouxe”, opinou o técnico. “Esperar quem vai ser o presidente e sentar com ele para ver o que pensa em relação ao futuro do clube, ao nosso futuro aqui. Temos é que ganhar”, acrescentou. Além do trabalho psicológico, Claudinei tentou, em dois dias de conversa, inserir algo no time, que acumula péssimas apresentações desde o início do ano. E chegou a uma conclusão: o primeiro passo para equipe melhorar é arrumando a defesa, que diante do Colo-Colo contou com falhas individuais decisivas de Ednei e Ramon. Só que quem sobrou na história foi Euller. “A estatura de Mansur também contou um pouco para a entrada dele. Acho que a gente tem que optar pelos 11 melhores no momento. Mansur, no momento, é o melhor, até pelo América de Natal ter um time alto”, explicou a mudança, motivada pela análise de vídeo do time potiguar. Outra mudança para o jogo é a entrada de Rogério no lugar de Vander, de fora dos dois treinos da semana por conta de dores no pé. Mesmo assim, o atacante viajou. Quem jogar terá de se adequar à proposta de Claudinei, que não quer os dois atacantes de beirada bem abertos nas pontas. “Estou procurando acertar o posicionamento defensivo, a questão da pressão pós-perda, as linhas ficarem mais próximas. As variações ofensivas. Acho que os dois jogadores não podem ficar abertos o tempo todo”, avaliou o treinador, com a pretensão de equilibrar o meio-campo, que tem Jorge Wagner como único organizador. Escudero segue de fora com lesão no tornozelo. SALVAÇÃO Com o jogo de volta agendado para domingo, no Barradão, o Vitória coloca o Nordestão como salvador do semestre. Isso porque, além dos jogos diante do América, o clube tem apenas o Anapolina, quarta, pela Copa da Brasil, antes do início da Série B, que começa em maio. “Se for pensar no calendário, pode chegar à conclusão também que terá um mês para preparar o time antes do Brasileiro. Teria um ganho, mas ninguém quer ter ganho dessa forma”, finalizou Claudinei.