Em entrevista, Cristóvão admite que saiu por causa de diretor

Cristóvão Borges tinha contrato como Bahia até o final de 2014, mas deixou o comando do time na segunda-feira, um dia após o final do Brasileirão 2013. Apesar da derrota por 2 a 1 para o Fluminense, na Arena Fonte Nova, o Esquadrão conseguiu se manter na primeira divisão pelo quarto ano consecutivo. Em entrevista ao CORREIO, o técnico explicou o que o motivou a decisão.O que pesou na saída? Na verdade não teve problema quase nenhum. Só que eu desejaria que o Anderson (Barros) continuasse e ele não fazia parte dos planos da diretoria. A permanência dele era muito importante pra mim. No mais, tinha o desejo deles de que eu ficasse e meu também. Eles têm outros planos, têm uma reformulação pra fazer, eles querem mudar e têm todo o direito, estão implantando a forma deles de trabalhar. Por que era importante a permanência de Anderson Barros?É simples. Ele conviveu comigo, compartilhou comigo e segurou comigo momentos dificílimos. Se eu não tivesse uma pessoa para compartilhar e ajudar, seria mais difícil e talvez não tivéssemos conseguido alcançar os objetivos. Ele se tornou fundamental para a continuação do trabalho.Você se arrepende de alguma coisa? Não, não me arrependo de nada. Eu fiz tudo com verdade, com coração, com o desejo grande de que tudo desse certo. Se tivesse que voltar, faria tudo novamente. Diante de tudo que nós vivemos, o importante é que o saldo é bastante positivo.Você foi procurado por algum clube nesse final de ano? Não teve procura de ninguém. Quando teve, foi lá atrás e vocês souberam, quando alguns clubes me procuraram. Agora, não fui procurado por ninguém, até porque ninguém sabia que eu sairia.Quais são os seus planos? Pretende parar pra estudar o futebol novamente? Agora eu não vou precisar fazer mais isso. Vou continuar estudando, fazendo pesquisas, porque isso é natural. Meu plano agora é curtir minhas férias, porque foi um ano bem desgastante.Você quer mandar algum recado para a torcida do Bahia? Quero sim, claro. Quero agradecer demais à torcida do Bahia, que só me deu alegrias e foi importante pra caramba. Nós passamos dificuldade, muito tempo semganhar e só tivemos apoio. E pra fechar tudo isso, teve a demonstração da torcida nesse último jogo. Só ficamos sentidos de não termos ganho. Essa sintonia da torcida como time é a maior lembrança e meu maior legado. Quando nós chegamos, tinha a maior tristeza e conseguimos fechar o ano com o estádio cheio.