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Joel e sua inseparável prancheta ajudaram a salvar o Bahia |
Carismático e folclórico, o técnico Joel Santana chegou no Bahia com a missão de livrar o time do rebaixamento. O Campeonato Brasileiro estava na metade e, depois de dois tropeços diante de Grêmio e Atlético-MG, o "Papai" tricolor deu um jeito no time. Porém, a oscilação veio com a sequência do campeonato e deixou o clima um tanto tenso no Fazendão. Ao espantar qualquer chance de degola com o
empate diante do Santos, o comandante do Esquadrão não se conteve e chorou. "Graças a Deus, o torcedor do Bahia... É uma missão muito difícil... Um clube como esse, o plantel, mas Marcelinho confiou, a diretoria toda e a torcida mais ainda", disse, entre pausas e lágrimas, na Vila Belmiro. "Nós viemos aqui para cumprir uma missão. Às vezes, eu sei que não agrada a maneira que a gente joga. Eu sei, mas a gente passa dificuldade e o mais importante era o Bahia permanecer. Nós lutamos pra isso". Perguntado sobre as chances de continuar no comando do clube, Joel pediu calma e evitou falar algo de maneira precipitada. "Vou esperar, dar um tempo. Vamos dar uma respirada. Vocês não sabem esses dias como têm sido. Tomei remédio e tudo pra dormir", revelou. No próximo domingo (4), o Bahia encara o Ceará e a briga da equipe agora é por uma vaga na Sul-Americana. Com 43 pontos, o Tricolor é o 15º e precisa vencer, além de torcer por derrota de Atlético-GO ou Atlético-MG, para entrar na zona de classificação à competição continental. "Vamos jogar à vera, nós temos um nome que precisa ser respeitado e vamos jogar os pontos pra Sul-Americana". O time cearense está na zona de rebaixamento e para escapar precisa da vitória e de uma derrota do Cruzeiro no clássico com o Atlético-MG.