Bahia e Vitória já estiveram frente a frente em duas oportunidades este ano. Cada um sorriu e tirou sarro do rival uma vez. Às 16h, em Pituaçu, começa o tira-teima. E agora é à vera. Quem se der mal dá adeus ao campeonato. Desde o último clássico, disputado em Pituaçu no dia 20 de fevereiro, vencido pelo Bahia por 2x0, os dois times mudaram radicalmente. Não dá pra comparar os jogos e prever um resultado. Se ligue nas mudanças.
No Vitória, cinco alterações nos titulares. E não se resume apenas aos nomes. O Leão mudou completamente a forma de jogar. Saiu o centroavante de área e entrou a mobilidade do meio. Esdras e Uelliton se encarregam de fechar tudo, enquanto Mineiro faz a ligação com o trio de frente. Os meias Nikão, Elkeson e Geovanni ficaram incumbidos de colocar a redonda pra dentro. E não decepcionaram: são 22 gols do trio.
Vitória - Antes e Depois
Do lado tricolor, a mudança é quase na mesma proporção. Cinco cabeças do atual time titular não jogaram o último clássico. Destaque para a linha ofensiva. Souza, mesmo sem encantar, é titular garantido no ataque. No meio, os jovens Zezinho e Maurício disputam uma vaga ao lado de Ramon. Ávine, voltando de contusão, tenta não ceder lugar à Dodô na lateral esquerda. Caso seja banco, é a única mudança do setor defensivo.
Bahia - Antes e Depois
E do último clássico para este, o Bahia também ficou mais leve. Antes eram três volantes. Agora, Jataí saiu para a entrada de Camacho. A maior diferença, no entanto, é no banco. No terceiro clássico do ano, o tricolor vai contar com o terceiro técnico diferente. Além do desenho tático, as equipes mudaram nas estatísticas. Se até o último clássico os times ainda não seguiam seguros no Campeonato Baiano, houve clara evolução após o Ba-Vi de 20 de fevereiro.
Ascenção - O Bahia, após um péssimo início, tomou o triunfo por 2x0 no clássico como impulso. No ataque, o rendimento melhorou. A média de 1,6 gol por jogo - 13 gols marcados em 8 jogos - passou para 1,8 com os 18 gols marcados nas últimas 10 partidas. A grande virada no estadual, porém, aconteceu na defesa. Com Vágner Benazzi e agora René Simões, o time sofreu 4 gols em 10 jogos, média de 0,4 - a conta exclui o 5x0 do Atlético-PR na Copa do Brasil. O número de vitórias tricolores dobrou: três para seis. Já as derrotas diminuíram: eram quatro até o último clássico e foram apenas duas nas últimas dez rodadas do Baiano. Assim o aproveitamento de pontos subiu de 42% para 67%. O Vitória já começou o estadual melhor: aproveitamento de 58% nos 8 primeiros jogos, com 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. O rubro-negro marcou 13 gols e sofreu somente cinco. Após cair no clássico, contudo, embalou: nove vitórias seguidas e um empate. O aproveitamento ficou em expressivos 93%. A média de gols marcados por partida subiu para 2,4. Já a defesa, ainda a menos vazada do Baiano, sofreu uns gols a mais: oito em 10 jogos.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 24 de abril de 2011