Feijão não chamou ele de "chato" à toa. Na entrevista a seguir, o técnico Sérgio Soares deixa claro que quer ver o time do Bahia com intensidade nos treinos e nos jogos. E elogia o volante Souza, que vem do Cruzeiro: "Não erra passe".
Como você avalia o elenco do Bahia? Acha que esse ciclo inicial de contratações terminou?Temos um time forte e o momento agora é de observar, principalmente, a evolução dos nossos atletas para que possamos avaliar no decorrer das competições e identificar se vamos precisar de algo mais para a temporada. Sempre converso com o Éder (Ferrari, gerente de futebol) e o Alexandre (Faria, diretor de futebol) sobre essas questões e vamos seguir atentos a tudo.
Seus treinos têm sido de muita disputa e intensidade entre os jogadores. É dessa forma que você gosta de trabalhar?Acho que o futebol hoje é ocupação de espaço. Essa intensidade de jogo é a minha metodologia de trabalho. É essa filosofia que eu estou implementando no Bahia e é assim que eu penso o Bahia. É assim que se treina e é assim que se joga.
Como foi a resenha após a entrevista de Feijão, que te elogiou, mas reclamou da sua 'chatice'?É bom saber que os jogadores estão sentindo essa cobrança. Quando eu era atleta, também era muito cobrado. Vanderlei Luxemburgo foi meu técnico no Palmeiras (em 1996) e também me cobrava muito, isso é bom. No ônibus, eu cheguei nele (Feijão) e falei: 'Tô pensando em te tirar do time (risos)'. Mas isso é muito bom, faz um ambiente muito salutar.
O que você ganha com a chegada do volante Souza? Como pensa em utilizá-lo?Eu conheço Souza por ser de São Paulo e ele começou lá no Palmeiras. É um jogador que tem uma boa bola parada, faz bem a transição no meio campo e não erra passe. Acho que todo meio-campo precisa de um jogador assim. Penso em utilizar ele como segundo volante, ou até mesmo como primeiro. Vai depender da situação de jogo.
A saída de Pará traz a necessidade de contratar um jogador para a posição ou você acha que Raul e Carlos podem suprir essa carência na lateral esquerda?Eu penso que é um momento de observar o Carlos. Não tenho receio em dar oportunidade aos garotos da base e ele vem treinando bem. Claro que o Bahia está sempre atento ao mercado, mas agora, a partir dos jogos, vamos identificando melhor se vamos precisar de mais alguma coisa lá na frente.
A chegada de Léo Gamalho supriu uma carência do ataque. Ele e Kieza podem jogar juntos ou devem brigar por posição?Léo foi meu jogador no Barueri e também no Ceará, o conheço bem. Kieza é um jogador muito versátil, se movimenta bastante, sai bastante da área, gosta de procurar a tabela. Eu não vejo problemas em jogarem juntos.
Ansioso para a estreia?Se não tiver esse friozinho na barriga tem que parar. Trabalhar com futebol depende disso. Eu digo sempre que é no jogo que você vai apresentar todo trabalho do dia a dia, tudo que você está fazendo.
O Bahia vai voltar a ser o Bahia na Fonte Nova, principalmente?A ideia é que nossa casa seja um caldeirão e que criemos o maior nível de dificuldade pro adversário. Nós temos uma força unificada do torcedor coma nossa competência, então temos que fazer da Fonte Nova de fato a nossa casa.
Como tem sido sua vida em Salvador neste primeiro mês? Tem gostado da cidade?Eu ainda não saí muito, já que estamos treinando muito forte nessa pré-temporada, quase em tempo integral. Deu pra almoçar um dia ali na (Bahia) Marina, fui comer um japonês que eu gosto bastante. Mas estou gostando da cidade sim.
Qual o recado que você tem para o torcedor, que está machucado pelo rebaixamento à Série B no ano passado?Primeiro o maior respeito com a dor e o sentimento que o torcedor tem em função do que aconteceu no ano passado. Vamos trabalhar com muito empenho pra representar bem no campo de jogo. Um time que transpire para orgulhar o torcedor.
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