Esdras é o único que esteve em todos os 11 jogos de invencibilidade do Leão

Luanda, capital de Angola. Ano passado, Esdras, então com 20 anos, passou três meses por lá. Voltou experiente, mas não pelo futebol, já que sequer atuou pelo Sagrado Esperança, time local. A cultura do país africano ajudou o volante amadurecer pra vida e não tremer quando viesse a esperada chance no Vitória, onde está desde os 13 anos.

A espera acabou este ano e deu tudo certo. Prova disso é que ele é o único jogador rubro-negro que marcou presença em todos os jogos da atual sequência de 11 partidas de invencibilidade - dez vitórias e um empate. "Esse empréstimo me ajudou muito. Perdi o nervosismo", conta ele, que não jogou pelo time africano porque o clube não conseguiu inscrevê-lo a tempo pro campeonato nacional.

O futuro de Esdras, hoje aos 21 anos, era mesmo no Vitória. "Esses jogos todos aí sem perder agilizaram minha renovação de contrato por mais dois anos", comemora o camisa 5 de Lopes. Entre os anos de 2003 e 2009, o menino de Porto Seguro simpatizava mais com os números três e quatro. Zagueiro de origem, virou volantesjá no juniores. "Pô, velho, tem como agradecer ao professor Gilmei Aymberê aí na matéria? Ele que me trouxe pra posição de volante", pediu, ao fim do treino de terça. Tá aí, Esdras.

Colo Colo - Já quando o assunto foi avaliar qual o jogo mais fácil da sequência invicta, ele se embolou todo: "Rapaz, fácil... tem não. Deixa eu pensar... Difícil", tentou responder. Já o mais difícil... "O Ba-Vi é claro. Foi a primeira vez que peguei o rival no profi", disse. Domingo tem mais. Antes de ir pra Angola, Esdras jogou o Baiano de 2010 pelo Colo Colo. No retorno à Toca do Leão, já em outubro, participou do tetracampeonato do Nordestão.

Ausências - No primeiro treino específico para ataque e defesa focado no Ba-Vi de domingo, Antonio Lopes não contou com a presença dos titulares Elkeson, Uelliton, Mineiro, Geovanni e Alison. Mas nenhum deles preocupa pro clássico. Os três primeiros estiveram no DM. Já os dois últimos fizeram um trabalho físico à parte.

Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 27 de abril de 2011