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Ex-Bahia, Maranhão está no Brasil para jogar pela Libertadores e casar

Meia é liberado pelo técnico do Cruz Azul para se casar após duelo contra Timão antes de retornar ao México

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21/03/2012 às 15:00 • Atualizada em 07/09/2022 às 19:37 - há XX semanas
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Revelado no Bahia, Maranhão é titular do time mexicano
Num prazo de 48 horas, Francinilson Santos Meireles, 21 anos, o Maranhão, vai aproveitar sua passagem pelo Brasil para tentar cumprir duas missões. Uma dentro e outra fora de campo. Nascido em Monção-MA, o ex-meia do Bahia é a esperança do Cruz Azul-MEX na busca pela classificação na Taça Libertadores. Após um empate sem gols na Cidade do México, ele sonha brilhar em seu país natal. Quer bater o Corinthians nesta quarta-feira, às 22h, no Pacaembu, e subir no altar no dia seguinte. Titular do Cruz Azul, Maranhão ficou conhecido no Brasil no ano passado ao tentar dar o "chute no vento", marca registrada de um arquirrival corintiano, o palmeirense Valdivia. Na ocasião, quando atuava pelo Bahia, a jogada custou caro: o jogador tropeçou na bola, caiu e sofreu lesão no cotovelo. Agora, ele pode levar o Cruz Azul aos dez pontos ganhos em quatro partidas, caso o time derrote o Corinthians. A consagração será completa para o ex-meia do Bahia na quinta-feira, com casamento marcado em Salvador. "Nas nossas contas, se superarmos o forte Corinthians, estaremos classificados para as oitavas da Libertadores. Depois, o técnico me liberou para ir até Salvador, casar, voltar e embarcar com o time de volta. Vai ser uma correria, mas uma alegria indescritível", afirmou. Maranhão foi contratado este ano pelo time mexicano. Jogava pelo Bahia e aceitou o desafio de conquistar espaço no Cruz Azul. O meia ganhou o apelido por nascer numa pequena cidade maranhense, Monção, de cerca de 31 mil habitantes e a 244km da capital, São Luís. No último treino do Cruz Azul antes de encarar o Timão, realizado na noite de terça-feira, no Pacaembu, foi possível ver o carinho dos companheiros, assim como de uma dezena de universitárias mexicanas, que o assediaram à beira do alambrado. "Nunca tinha dado autógrafos fora do México. É muito estranho fazer isto, ainda mais no meu país e para mexicanas", disse ele, acanhado, às vésperas do casamento. O jogador vai encarar um Pacaembu lotado nesta quarta. Depois, viaja na quinta logo cedo para Salvador para concretizar a história de um namoro de oito meses com Jaiane, mulher que conheceu quando atuava pelo tricolor baiano. "Marcamos o casamento no dia 3 de janeiro. Vou pegar um avião, caso e volto rápido para embarcar com o grupo de volta para o México. A lua de mel ficará para depois. Espero levá-la daqui a umas duas semanas, quando a documentação dela estiver toda pronta", contou. Chute no vazio - Maranhão ficou conhecido no Brasil ao tentar dar o "chute no vento", uma marca registrada do palmeirense Valdivia. O meia atuava pelo Bahia quando no dia 10 de julho de 2011, no empate contra o Botafogo (1 a 1), protagonizou uma cena tragicômica. O então destaque do Bahia partiu pela esquerda, fingiu o chute, tropeçou na bola e caiu no gramado. Resultado: um mês parado com uma lesão no cotovelo direito. "Foi uma fatalidade. Esse drible, já dava há quatro anos, antes do Valdivia. Aprendi com um peladeiro no Rio de Janeiro. Sei qual o momento certo de dar o drible. Espero que nunca mais aconteça (uma lesão)", disse. A noite desta quarta-feira com o Pacaembu lotado será a oportunidade de Maranhão mudar esta imagem. Enfrentar um time brasileiro em seu próprio país será uma experiência diferente. "Dizem que mexicanos não gostam de jogadores argentinos e brasileiros. Pelo contrário. Você pode ver no treino o quanto gostam de mim. Acredito muito neste grupo e acho que podemos surpreender, mesmo com o favoritismo do Corinthians, que joga em casa", afirmou. Depois da partida, Maranhão estará no altar às 10h, em Salvador. Enquanto isso, o Cruz Azul fará um treino regenerativo por volta das 12h no CT do Palmeiras. O embarque de volta do time mexicano está marcado para às 23h. Se não retornar com os três pontos, terá uma grande recordação de sua breve passagem pelo Brasil: a aliança no dedo.

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