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Ex-jogador do Bahia e Vitória pode pegar seis anos de cadeia

Leandro Bonfim teria usado doleiros para tirar dinheiro do Brasil sem o conhecimento das autoridades fiscais

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03/11/2013 às 16:02 • Atualizada em 30/08/2022 às 7:01 - há XX semanas
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O meia Leandro Bonfim, que jogou em clubes como Bahia, Vitória, Cruzeiro, São Paulo, Vasco e Fluminense, está sendo acusado de evasão de divisas, em um total estimado em US$ 490 mil (cerca de R$ 1,07 milhão). A pena prevista é de dois a seis anos de reclusão e multa, podendo ser aumentada de um sexto a dois terços pelo fato de o denunciado ter cometido o crime repetidas vezes. Segundo o Ministério Público Federal, que encaminhou a denúncia à 2ª Vara da Justiça Federal da Bahia, o jogador e a empresária Selenide da Silva usaram doleiros para tirar dinheiro do Brasil, sem comunicar ao Banco do Brasil e as autoridades fiscais. Veja também: Acidente entre ônibus e carro deixa um morto na avenida Heitor DiasAs investigações desencadeadas por autoridades norte-americanas, em cooperação internacional com o MPF, revelaram que Leandro e Selenide davam ordens a doleiros, que lançavam mão da empresa Beacon Hill Service Corporation e do MTB Hudson Bank como instituições bancárias intermediárias, para remeter divisas, sem comunicação com o Banco Central do Brasil – responsável por acompanhar o fluxo de moeda para fora do país.Ainda de acordo com as investigações, Selenide prestava serviços de assessoria e representação ao jogador desde 2000. Em 2001, Leandro, que atuava no Esporte Clube Vitória, foi contratado pelo PSV Eindhoven, da Holanda. Nesse ano, os dois abriram uma conta no BankBoston, nos Estados Unidos, em nome de Leandro, de onde a assessora ordenava grandes transferências para uma conta mantida no Chase Manhattan Bank de Nova Iorque. Segundo o MPF, em pouco mais de um ano, as transferências de recursos depositados nos EUA chegaram a mais de 490 mil dólares.Segundo o procurador André Batista Neves, “não há dúvida de que ambos dolosamente mantinham no exterior depósitos não declarados às autoridades competentes, em montante claramente superior ao estipulado pelo Banco Central do Brasil”.

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