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#FechadoComOTinga: ato racista contra jogador causa indignação

Tinga, embora nunca tenha sido vítima de racismo na Europa, onde isso ainda é comum, já tinha sentido o preconceito em 2005

• 14/02/2014 às 10:12 • Atualizada em 31/08/2022 às 10:21 - há XX semanas

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O som de macacos na arquibancada a cada toque na bola fez o futebol perder de goleada na noite em que o Cruzeiro tomou 2x1 do Real Garcilaso, quarta-feira, na cidade de Huancayo, no Peru. O alvo do racismo dos torcedores peruanos era Tinga, volante do Cruzeiro, que lamentou o ocorrido. "Eu queria não ganhar todos os títulos da minha carreira e ganhar o título contra o preconceito. Trocaria por um mundo com igualdade entre todas as raças e classes", declarou Tinga logo após o jogo. "Fico chateado com isso em pleno 2014, um país tão próximo da gente. Joguei alguns anos na Alemanha e nunca aconteceu isso e acontece aqui, em um país tão próximo, cheio de mistura", lembrou ainda no Peru, país que tem como maior ídolo no futebol o negro Cubillas, da seleção de 1970, que tinha o brasileiro Didi, também negro, como técnico. Tinga, embora nunca tenha sido vítima de racismo na Europa, onde isso ainda é comum, já tinha sentido o preconceito na pele em 2005, quando jogava no Inter, e a torcida do Juventude fez o mesmo. A discriminação surpreendeu e indignou o jogador, mas não apenas ele. Gerou revolta de cruzeirenses, posicionamento da presidente Dilma Rousseff, da diretoria da CBF, do presidente da Fifa Joseph Blatter e até do sempre irônico em relação ao time rival, o presidente do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil. "Racismo na Libertadores? Me tiraram o prazer da derrota do Cruzeiro. Lamentável!", escreveu o dirigente em seu perfil no Twitter. Na mesma rede social, o assunto repercutiu tanto que, ontem, a hashtag “FechadoComOTinga” esteve como o tópico mais citado no Brasil. Também via Twitter, o presidente do Peru condenou a atitude da torcida do Real Garcilaso. "Um país tão diverso como o nosso e que fortalece sua identidade com todas suas culturas não deve admitir reações racistas de nenhum tipo", escreveu Ollanta Humala. Goleiro do Real Garcilaso, Juan Pretel pediu perdão. "O racismo é repudiável em todo sentido. Espero que não volte a ocorrer em um estádio e muito menos no Peru. Perdoem, amigos brasileiros". A diretoria do Cruzeiro cobra punição ao time peruano. O regulamento da Libertadores prevê desde multa até eliminação da competição. A Conmebol afirmou que "analisará possíveis sanções. Pedimos tranquilidade aos torcedores do Cruzeiro. Sabemos que é repudiante". *OUTROS ATOS RACISTAS NO FUTEBOL
1 DIEGO MAURÍCIO 2 ROBERTO CARLOS 3 ANTÔNIO CARLOS 4 GRAFITE 5 BALOTELLI
Peru é reincidente Em 2011, pelo Sul-Americano sub-20, o atacante Diego Maurício também ouviu sons de macaco. Banana na Rússia O lateral brasileiro atuava no Anzhi, em 2011, quando um torcedor jogou banana no campo. Roberto saiu do jogo. De brasileiro pra brasileiro Antônio Carlos Zago, pelo Juventude, esfregou o braço, em gesto racista para o negro Jeovânio, do Grêmio. Libertadores 2005 Acusado de chamar Grafite de macaco, o argentino Desábato saiu do Morumbi pra cadeia e ficou dois dias preso. Jogo paralisado Em 2013, o juiz pausou o jogo entre Roma e Milan por causa de insultos da torcida ao atacante rubro-negro.
Matéria original: Jornal Correio* #FechadoComOTinga: ato racista contra jogador do Cruzeiro causa indignação

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