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Cris perdeu apenas a primeira das 12 lutas que disputou |
Grande fenômeno do MMA feminino na atualidade, Cristiane Justino Venâncio Santos, mais conhecida como Cris "Cyborg", vem vencendo suas lutas tão facilmente que isso já lhe rendeu até um problema: faltam adversárias para a disputa do cinturão peso-pena (até 66kg) do Strikeforce, o qual ela detém desde agosto de 2009. Ela perdeu apenas o primeiro dos 12 combates que realizou na carreira, e nove das 11 vitórias foram por nocaute. Muito em função disso, a esposa do também lutador Evangelista "Cyborg" não descarta, caso receba um dia o convite, competir entre os homens. Mesmo sendo "mais difícil": "Sempre falo que os homens eu deixo com o Cyborg, que é meu marido. Acho que não tem nada impossível, mas vou estar sempre em desvantagem, né? Poderia fazer uma boa luta. Seria uma experiência, lutar com homem é mais difícil. Mas acho que a Comissão Atlética não permitiria". A curitibana de 26 anos, oriunda da academia "Chute Boxe", aproveitou o breve período longe de San Diego, na Califórnia, onde mora, para conceder entrevista exclusiva ao SporTV.com. Fora do octógono, a fala mansa e a simpatia contrastam com a fera que ela se torna dentro dele. Cris fez um balanço de sua trajetória até aqui e disse que sonha chegar ao UFC. Vaidosa, ela acha fundamental que as lutadoras cuidem do lado feminino quando não estão em ação: "Tento manter a feminilidade. Acho que é muito importante para a imagem do esporte. É importante até para vender mais. Se eu tiver uma filha, por exemplo, vou querer que ela lute, mas que continue delicada, feminina. No ringue tem que ser bruta, mas fora tem que ser uma menina. Alguns pais ficam com medo de botar a menina nas lutas porque acham que ela pode virar "sapatão". E tem mulher que até "coça o saco". Acho que isso é ruim para o esporte". Com contrato de mais três lutas com o Strikeforce, Cris "Cyborg" acredita ter feito a melhor escolha da vida quando decidiu se dedicar às artes marciais misturadas. Como já havia afirmado anteriormente, ela foi descoberta por um professor de muay Thay e largou uma carreira promissora no handebol para entrar no mundo das lutas. Segundo ela, a marcação forte que exercia no handebol lhe rendia muitos cartões vermelhos, mas, "no MMA, o cartão vermelho é a vitória".