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Fernando recusa rótulo de herói: "sou só mais um no grupo" |
Vagner Benazzi tem dez jogos comandando o Vitória. Neste período, foram cinco triunfos, quatro empates e apenas uma derrota. Quando o time vence, a torcida enaltece o poder ofensivo com Marquinhos e Neto Baiano. Mas a turma lá do fundo está fazendo a parte dela. E muito bem, obrigado. A equipe rubro-negra tem a quarta melhor defesa da Série B, com 26 gols sofridos. Perde apenas para Náutico e Boa (22) e para a líder Portuguesa (23).
Benazzi começa a montar o time do Vitória na quarta; dúvida é no meio-campo “Ainda bem que você percebeu isso. Quase ninguém comenta (risos). Temos trabalhado duro, não só eu, como todos os zagueiros. Série B não pode vacilar. Você tem que estar atento o tempo inteiro”, comenta Maurício, que completou, terça, 23 anos. A defesa encaixou e, nos últimos seis jogos, o goleiro Fernando só buscou duas bolas na rede. “Realmente o setor deu uma encaixada. Estamos com equilíbrio agora. Depois que Benazzi chegou, invertemos o nosso saldo, que era negativo. Tomamos poucos gols e passamos a marcar mais”, analisa o camisa 1. E o goleiro tem razão. Benazzi assumiu o time na 15ª rodada. Quando chegou, o saldo rubro-negro era de quatro gols negativos. Após 20 gols feitos e oito tomados, hoje tem oito positivos. Reconhecido por fazer boas defesas nesta Série B, Fernando prefere não assumir o rótulo de herói. “Sou só mais um dentro do grupo. O mérito é de todos, inclusive dos jogadores que marcam lá na frente. O encaixe vem acontecendo dentro dos jogos. O importante é ver o trabalho dando resultado e sendo valorizado”.
Parceria - Parte da boa produtividade da zaga do Leão se dá ao entrosamento entre os jogadores. A dupla Alison e Maurício se entende bem tanto dentro como fora de campo. “Ele é o meu colega de quarto, conversamos bastante sobre como podemos melhorar. No primeiro turno também tivemos uma sequência boa sem sofrer gols, aí ele se machucou, começou o revezamento e as coisas complicaram um pouco”, lembra Maurício. Cada um sabe a sua função e posicionamento em campo. Maurício não se incomoda ao admitir que é o cara para estourar a bola. “Alison é mais técnico e eu sou mais da marcação mesmo. De vez em quando dá pra sair jogando, mas quando não dá tem que ser na força e raça mesmo. Série B é isso, bem diferente da Série A”, diz. Contra o Sport, sábado, na Ilha do Retiro, mais uma batalha. E tomara que o setor defensivo siga com a mesma eficiência.