"Fica uma certa mágoa", diz Vander após trocar Bahia pelo Vitória

Revelado no Bahia, Vander já defendeu o Flamengo por empréstimo

Foram 11 anos de Fazendão, e agora ele vestirá a camisa do rival Vitória. Depois de passar quatro meses afastado no Bahia, o meia Vander, 22 anos, finalmente poderá vestir a camisa rubro-negra. Em entrevista ao CORREIO no dia 4 de outubro do ano passado, ele já avisava: ‘Se for melhor pra mim, honro a camisa do Vitória’. Agora, de contrato assinado por quatro temporadas com o Leão, o jogador só pensa em dar sequência na carreira e conquistar títulos pelo novo clube. Em um novo bate-papo, entre outros assuntos, Vander revela uma certa mágoa do presidente Marcelo Filho e fala como espera ser recebido na Toca.

É uma felicidade muito grande. Depois de tanto tempo sem jogar, tenho uma alegria enorme em atuar num grande clube como o Vitória, onde tenho muitos amigos. Gostaria de agradecer à minha família e aos meus amigos, que sempre me apoiaram nesses quatro meses que fiquei afastado. Foi um período muito complicado.

Desde que surgiram as primeiras especulações de que poderia estar indo para o Vitória, o torcedor já vinha me dando apoio nas ruas. Espero que possa ter esse apoio sempre, pois isso é fundamental para qualquer jogador de futebol. Eles podem ter certeza de que eu vou fazer o máximo pra dar muitas alegrias com essa camisa.

Fica uma certa mágoa pela forma como fui tratado nesses últimos meses. Principalmente pela nota emitida pelo presidente Marcelo Guimarães Filho, que disse que eu estava saindo do Bahia por deficiência técnica. Mas isso é coisa do passado, já superei. Agora só quero focar em conquistar títulos pelo Vitória.

Tenho um processo contra o Bahia. São quatro meses de salários atrasados.

Já imaginou como será o clássico contra o Bahia? Vai comemorar se fizer gol? Tenho um respeito muito grande pelo Bahia e mais ainda pela torcida. Isso de comemorar gol é coisa do momento, de quem marca. Isso é surpresa... Primeiro eu tenho que fazer o gol, né? (risos)

Eu penso em ganhar títulos, porque são os títulos que marcam a carreira de um jogador num clube de futebol. É um contrato longo e eu quero jogar muito, ser útil e estar sempre ajudando o Vitória durante as competições. Cheguei agora, não posso ficar pensando em sair no futuro.

Tive muito pouco contato com o Caio. Estava em um período de lesões e não tive muitas oportunidades de descer para treinar no campo. Sei que ele é um homem de caráter e espero ganhar a confiança dele com boas atuações.

Sou muito amigo do Marquinhos. Conheci ele quando cheguei no Flamengo e criamos uma amizade bacana. É meu parceirão. Frequenta a minha casa e também vou na dele. Conheço o Léo também. É lá do meu bairro, em São Marcos. Meu amigo desde os 10 anos de idade e a gente sempre jogava junto na mesma escolinha. Além deles, tem o David Braz, Marcelo Nicácio, Willie...

Já estava treinando em separado. Para voltar a jogar, tenho que ter uma conversa primeiro com a comissão técnica do Vitória, pois tem muito tempo que não entro em campo (a última partida foi no dia 29 de julho de 2012, quando o Bahia empatou com o Corinthians em 0x0, em Pituaçu). Vamos ver a evolução nos treinos, no dia a dia. Espero estrear o quanto antes, pois a ansiedade é muito grande.