icone de busca
iBahia Portal de notícias
CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE
ESPORTES

Foi feita justiça - por Oscar Valporto

foto autor

03/05/2011 às 12:22 • Atualizada em 29/08/2022 às 17:19 - há XX semanas
Google News iBahia no Google News

Estou usando a frase de Barack Obama, mas é para falar de futebol mesmo: teremos na final do Campeonato Baiano os melhores times da competição. A fórmula complicada da Federação Baiana não impediu que chegassem à decisão as equipes com as melhores campanhas, que se prepararam adequadamente para o campeonato e mostraram regularmente o melhor futebol.

Tecnicamente, os finalistas nunca foram brilhantes. O Vitória teve seus momentos de destaque nas tramas com Nikão, Elkeson e Geovanni. O Bahia de Feira fez bonito na velocidade de Bruninho, Carlinhos e João Neto. Mas foram melhores, principalmente, pela força do conjunto, da organização tática. Na verdade, foram muito melhores. Seria mesmo uma injustiça se um deles não estivesse na decisão do campeonato.

É uma final com favorito: o Vitória, que colecionou mais pontos e joga por dois resultados iguais. Mas não vai ser fácil porque o Bahia de Feira tem um time organizado - bem melhor, como time, que o Bahia da capital - e alguns jogadores de habilidade. A grande vantagem do Leão é a tradição: 110 anos de história e oito títulos estaduais nos últimos nove anos contra um clube que vai disputar sua primeira final.

O título vale o primeiro penta do centenário Vitória e um feito inédito para o Bahia de Feira. Mas os dois finalistas começaram a semana, de olho no segundo semestre, negociando reforços para a disputa do Brasileiro - o Leão sonhando com o retorno à Série A e o Tremendão de Feira estreando na Série D. É mais uma razão de comemoração para os torcedores dos dois clubes: Vitória e Bahia de Feira precisam de reforços para alcançar - cada um na sua série - o acesso.

Enquanto os finalistas se preparam para o presente e o futuro, o Bahia recomeça hoje seu planejamento para a Série A, lamentando o passado. Jogou fora cinco meses. Contratou mal. Tiago, Marcos, Titi, Thiego, Jataí, Bruno Paulo e Pedro Beda não têm mesmo bola para fazer parte de um time que ainda precisa ser formado. Boquita, Ramon e Tressor Moreno podem ter mostrado qualidade em outros lugares mas, aqui, ficaram devendo. Foram cinco meses e o Bahia nunca teve um time: nem com Rogério, nem com Benazzi, nem com Chiquinho, nem com René Simões, que, agora, tem só três semanas para fazer um planejamento de emergência para enfrentar Cruzeiro, Santos, Internacional, Flamengo...

Nessas três semanas, o treinador - que está somente há 20 dias no cargo - vai ter que separar o joio do trigo das mais de 20 contratações feitas pelo Bahia, escolher os garotos da base que estão prontos para o elenco principal e indicar reforços que cheguem para acertar a defesa, dar ritmo ao meio-campo e velocidade ao ataque. E, no processo, montar um time. É uma tarefa pra lá de difícil. Não queria estar no lugar dele.

Oscar Valporto é editor executivo e escreve às terças-feiras. Coluna
publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 3 de maio de
2011

Leia também:

Foto do autor
AUTOR

AUTOR

Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!

Acesse a comunidade
Acesse nossa comunidade do whatsapp, clique abaixo!

Mais em Esportes