Folha do rival do Bahia é menor que o salário do atacante Souza

Equipe do Mato Grosso joga a Série C do Brasileiro

"Estamos felizes de jogar contra um time grande, de tradição. Queremos fazer a partida de volta, na Fonte Nova". Com essas palavras, Rafael Tavares, camisa 10 do Luverdense e considerado destaque do time, definiu o objetivo para o jogo desta quarta-feira (8). A partida contra o Bahia será no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, cidade a 350km da capital Cuiabá, às 22h (de Salvador, mas 21h do local devido ao fuso horário). De acordo com Rafael, o clima será de verdadeira final para o clube do Mato Grosso. Joel Santana decidiu poupar os titulares do Bahia de olho no clássico de domingo, mas nada que mude o discurso precavido da turma do Verdão do Norte. "Vai ser até pior pra gente. O jogador reserva vai querer mostrar serviço", opina o meia-esquerda. Tanta humildade tem explicação. Fundado em 24 de janeiro de 2004, o Luverdense ainda luta para ser uma equipe conhecida no futebol nacional. Campeão estadual em 2009 e 2012, o time tem duas participações frustrantes na Copa do Brasil. Eliminações na primeira fase em 2010 e 2012 para Coritiba e Paraná, respectivamente. Nesta temporada, com a competição mais encorpada, o clube conseguiu eliminar o Tupi, de Minas Gerais. Derrota de 1x0 no jogo de ida e, na volta, triunfo por 3x0. No estadual, porém, foi eliminadonas semifinais pelo Mixto. Davi x Golias - O jogador mais conhecido é o lateral-esquerdo Edinho, 33 anos, que passou por Vasco, Náutico e até pelo Vitória. Mesmo assim, a folha mensal não passa dos R$ 150 mil. "É um jogo muito desigual. Como se fosse Davi contra Golias. Nosso time todo não dá pra pagar um jogador do Bahia", fala o gerente de futebol Sérgio Papelim. E o cartola está certo. O salário do centroavante Souza, por exemplo, afastado por causa de um estiramento na coxa, é de aproximadamente R$ 170 mil, como Zé Roberto. Regulamento - Caso perca por diferença de dois gols e seja eliminado, o Luverdense só voltará a entrar em campo no dia 2 de junho, na estreia da Série C do Brasileiro, diante do Santa Cruz, no Recife. Pela sexta vez seguida, a equipe do técnico Roberval Davino vai disputar a competição. A meta é chegar, enfim, na Série B, mas a preparação passa por bons resultados diante do Bahia. "Todos estão cientes da responsabilidade. É importante o jogo de volta. Não deixa de ser uma chance de aparecer para o Brasil", diz Rafael Tavares, revelado pelo São Paulo. Leia mais A divisão tricolor para as duas missões: Copa do BR e Baianão Matéria original: Jornal Correio* Folha do rival do Bahia é menor que o salário do atacante Souza