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Follman diz perdoar piloto e conta detalhes: "gritava"

"A gente sabia que alguma coisa estava errada", disse ele, ao contar sobre o momento que o avião caiu

Redação iBahia • 23/01/2017 às 16:30 • Atualizada em 31/08/2022 às 19:34 - há XX semanas

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O ex-goleiro Jakson Follmann demorou, mas finalmente falou sobre a tragédia com o voo da Chapecoense. Único sobrevivente que ainda está internado, ele perdeu uma perna, mas garante que não guarda nenhuma mágoa do piloto da LaMia, Miguel Quiroga, um dos 71 mortos na queda da aeronave.
Legenda
Em entrevista ao “SporTV”, Follmann saiu em defesa do piloto e admitiu que sabia que tinha algo errado com o avião, antes da queda. "Ele não era um cara maldoso, era um cara que tinha um coração bom também. Foi um erro humano que não cabe a nós julgar. Não (sinto raiva). Não posso sentir raiva, não devo sentir raiva e nem quero sentir raiva. Nem tenho como sentir raiva, não cabe a mim julgar. Procurei rezar, orar. Estava o Alan (Ruschel) do meu lado também. Procurou rezar, o Neto também, que estava na minha frente. Todo mundo que estava no voo, que estava perto de mim, que escutei, estava orando em voz alta. A gente sabia que alguma coisa estava errada", revelou.
Follmann recordou ainda o drama do seu resgate na região montanhosa de La Ceja, em Medellín, na Colômbia, onde o avião caiu. "No momento do choque, eu apaguei. Depois, abri os olhos, estava muito escuro. Lembro que chovia, muito frio, e eu tremia de frio. Aí gritava “socorro, não quero morrer”. Alguns dos meus amigos que estavam vivos também gritavam. Escutei o resgate chegando e gritando “polícia nacional”. O cara veio, me colocou um cobertor, e eu gritava de dor, que não sentia minhas pernas, mas tinha muita dor. Dizia que lá em cima tinha gente viva. Lembro que, no hospital, minha mãe entrou primeiro, falou comigo. Foi difícil, porque foi ali que acordei. Chorava muito, depois entrou minha noiva, meu pai. Foi quando abri os olhos e ali comecei a melhorar", lembrou.
Follmann deve receber alta na manhã desta terça-feira (24). Na próxima segunda-feira (30), ele viaja para São Paulo, para começar o processo de adaptação à prótese que usará na perna direita, amputada abaixo do joelho.

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