Maria Eduarda e Maria Fernanda são gêmeas univitelinas. Na teoria, as duas teriam que ser idênticas. Mas,é só dar uma olhadinha na foto acima para ver que elas não têm muita coisa em comum. E a principal diferença não está na aparência física, e sim nas cores que elas representam. Eduarda é tricolor, enquanto Fernanda é rubro-negra.
Aos 11 anos, as irmãs travam um verdadeiro clássico BaVi dentro de casa. O quarto único para as duas é totalmente decorado com acessórios dos times, mas cada um com o seu lado! Até a cortina da janela é dividida. Metade Bahia, metade Vitória. Nada de favorecer o rival. Quem faz o papel de juíza e controla esse confronto é a mãe, Adriana Lima. “É igual a água e vinho, o dia inteiro as duas se atracando. E sempre o futebol entra no meio e começam as provocações. Você é Série B, você não tem estádio”, conta Adriana.A mãe e o pai, Márcio Sudsilowsky, torcem para o Bahia, caminho que Eduarda seguiu. Já Fernanda escolheu o rival por conta do padrasto Edison Gonçalves. “Meu marido atual é Vitória e ela convive com ele desde os 3 anos. Ela virou rubro-negra e queria tudo do Vitória. Até a mamadeira. A vó materna delas também influenciou”, explica a mãe.No aniversário das duas, em 2011, a festa foi personalizada. Tudo simetricamente dividido entre Bahia e Vitória. Nem o bolo escapou. E é só juntar as irmãs e falar do clássico deste domingo, às 16h, em Pituaçu, que a provocação começa. “Vai ser 3x0. Eu não queria que nosso jogo fosse no estádio do governo, não. Queria decidir o título no estádio de alguém”, diz Fernanda.A resposta tricolor vem no mesmo tom. “Eu não gosto de humilhar não, mas quando eu quero ver uma estrela, eu olho pra minha camisa. Quando você quer, você tem que olhar pro céu”, responde Eduarda. Eduarda só fica sem resposta quando Fernanda fala sobre o jejum de títulos estaduais do Bahia, perto de completar 11 anos, mesma idade das gêmeas. “Que eu saiba, o Vitória foi campeão oito vezes desde que eu nasci. E você já conviveu com o Bahia campeão?”, solta Fernanda. Neste domingo, as duas vão assistir ao clássico no sofá. Mas isso não quer dizer que a casa de número 21, em Mussurunga, ficará menos tensa que Pituaçu. Lá, a rivalidade também rola solta.
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