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Goleiro do Bahia na década de 60, Nadinho volta aos campos e lembra bons tempos

Arqueiro defendeu o Tricolor por 11 anos e participou da conquista do penta entre 58 e 62

• 21/08/2011 às 14:08 • Atualizada em 29/08/2022 às 15:26 - há XX semanas

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Nadinho não gosta de dirigir e acompanha o Bahia pela TV
A imensidão verde não assusta esse senhor de quase 81 anos. É respeito. “Faz tempo. De hooooje. Sei que a última vez que pisei num gramado foi em Alagoinhas”. Palavras firmes, mas emocionadas, de Nadinho, primeiro goleiro campeão brasileiro, na Taça Brasil 1959, ao entrar em Pituaçu. Defendeu o gol do Bahia por 11 anos, de 1958 a 1968. Foram seis títulos estaduais, incluindo o penta de 58 a 62, e jogou as Libertadores de 60 e 63. Os olhos marejam e o hoje advogado elogia o gramado. Diz que se fosse desse jeito na época dele, treinava o dia inteiro. “Aqui é fácil demais. Antes era aquele barro vivo, cheio de morros”. Nadinho aponta para o fotógrafo Arisson Marinho, parado na entrada da grande área. “Dali eu pegava todas”. Inclusive muitas do rei Pelé, astro do Santos naquele período. “Eu respeitava Pelé assim como ele também me respeitava”, afirma. Nadinho confessa que não vai ao estádio - não gosta de dirigir - e prefere acompanhar o Bahia pela TV ou pelo rádio. Mas hoje, às 18h, quando o Bahia recebe o Santos, pela 18ª rodada do Brasileirão, ele estará em Pituaçu, recebendo uma homenagem especial do clube. “Se eles forem me buscar...”, frisa, com umjeito caseiro. Também foi convidado para a festa dos 80anos, no dia 30. Para o ex-goleiro, que também passou por Vitória e Bangu, falta vergonha ao time atual do Bahia. “Tem que ter vontade de ganhar, entrar pra vencer. Ter orgulho. Não tem segredo, são 11 contra 11”. SEM MEDO - Se em 1959 o Bahia surpreendeu aquele Santos, futuro bicampeão mundial 62/63, e o país ao vencer a Taça Brasil, com Nadinho segurando como pôde o eterno camisa 10 santista, hoje o Esquadrão e o atual goleiro Marcelo Lomba têm a missão de derrotar o campeão da Taça Libertadores da América, o Santos de Ganso e Neymar. “São características diferentes. Neymar dribla, dá passe pro lado. Pelé queria ganhar sempre, já entrava em campo vindo em direção ao gol”, compara Nadinho, conhecido como O Macho pela seriedade e profissionalismo. “A gente sabe que vai ser um jogo muito difícil”, avalia Lomba, atual goleiro tricolor. “Vou ter que ter bastante atenção, porque Neymar, além de grande driblador, é um atacante que finaliza bem, tem muita inteligência”, diz o camisa 31. Mas, para Nadinho, o goleiro não tem por que temer.“Lomba é um grande goleiro e não tem que ter medo de jogador nenhum. Todos têm duas pernas”, aconselha. foto do time de 59, na academia do Fazendão, não passou despercebida por Lomba. “O primeiro exemplo é que ele foi um goleiro vencedor aqui no Bahia. Nadinho foi campeão brasileiro, baiano... Jogadores que marcam história são aqueles em que a gente tem que se espelhar”, diz. RECONHECIDO - Antes de deixar o ex-goleiro em casa, o motorista Reginaldo, 61 anos, olha para ele: “Nadinho, Leone, Vicente, Henrique e Florisvaldo”. A linha de defesa campeã de 1959, título acompanhado pelo rádio pelo funcionário do CORREIO. “Como torcedor, nunca imaginei que teria Nadinho junto de mim num carro”, orgulha-se. Nadinho devolve. “Modéstia à parte, eu era um goleiro quase perfeito. Na minha época, se eu tomasse um gol de cabeça tinha uma vergonha da zorra. Na altura do pênalti, era minha”, garante.

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