O goleiro Jackson Follmann, enfim, recebeu a esperada alta médica. Na manhã desta terça-feira, o jogador concedeu uma entrevista coletiva no Hospital Unimed Chapecó, após permanecer 38 dias internado, depois que sobreviveu à tragédia com o voo da Chapecoense, no dia 29 de novembro de 2016, na Colômbia. O atleta era o último dos seis sobreviventes que ainda estava hospitalizado.
- Enfim, chegou o grande dia, mais uma etapa concluída, estou muito feliz. Saio até com o coração apertado, porque fiz grandes amigos, que vou levar para vida toda. Sei do cuidado que todos tiveram comigo, me deixou feliz, muito motivado para o momento que eu saísse daqui. Saio feliz, forte e praticamente curado de tudo. Agora, vamos para mais uma etapa, para São Paulo, protetizar e, se Deus quiser, tocar a minha vida - disse.
O goleiro teve a perna direita amputada e ainda foi submetido a um enxerto de pele no tornozelo esquerdo, onde perdeu um osso. Além disso, foi submetido a uma cirurgia cervical durante o período de internação hospitalar. O primeiro desejo do jogador é comer um churrasco, como um bom gaúcho.
– Primeira coisa que quero fazer é comer um churrasco (risos). Brincadeiras à parte, quero sentir o ar lá fora, o carinho. Senti um pouco isso no sábado e me fez muita falta. Quero estar com minha família, curtir um pouco com eles. ão sabia da grandeza de tudo se tornou, até por estar fechado em hospitais. Tu vê por notícias é uma coisa.. Ir lá fora e sentir o carinho. A pessoa te abraçar e chorar... Sei que sou fonte de inspiração e fico feliz por isso – disse.
Vontade de seguir na Chapecoense
Após a alta, o jogador deve descansar alguns dias com a família, entre uma semana e dez dias, e depois vai viajar a São Paulo para iniciar o processo de reabilitação da perna direita, amputada após o acidente.
– Follmann teve todo acompanhamento e não apresentou intercorrências neste processo. Follmann teve uma recuperação muito boa, muito rápida e surpreendente. Muito também pela dedicação dele – afirmou a diretora hospitalar, Carolina Ponzi.
Além de Follmann, os demais sobreviventes foram o zagueiro Neto, o lateral-esquerdo Alan Ruschel, o jornalista Rafael Henzel, a comissária Ximena Suárez e o técnico de avião Erwin Tumiri. O goleiro vai participar do amistoso entre Brasil e Colômbia, chamado de Jogo da Amizade, que será realizado na noite de quarta-feira, às 21h45, no Estádio Nilton Santos, no Rio.
- Representa muito (estar no jogo da Seleção). Não queria que fosse dessa forma, perdi amigos, irmãos, mas será único. Vou aproveitar da melhor forma. Sentir o carinho, calor das pessoas. Isso vai ser muito bom para mim, me deixará feliz – disse.
O jogador sonha em continuar o seu trabalho na Chapecoense, mas ainda não sabe qual função iria exercer no time.
- É minha vontade, sim(seguir na Chape). Foi quem me abriu as portas, é minha segunda casa. Quero coisas grandes no clube. Vou buscar me aprimorar, conhecer. Agora, é o momento de aprendizado. Na Chape, estarei dentro do esporte. Quero crescer, ser grande junto com a Chapecoense sempre. Se Deus me permitir, levá-la nesse mundo afora – afirmou.
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Redação iBahia
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