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Bruno Senna tem boas chances de correr em Interlagos |
Após uma temporada com quatro representantes em 2010, o Brasil contou com apenas dois em 2011: Felipe Massa, na Ferrari, e Rubens Barrichello, na Williams. Entretanto, o país pode encerrar o ano com o dobro de pilotos que começou. Bruno Senna, reserva da Renault-Lotus, e Luiz Razia, que cumpre a mesma função na Lotus, negociam para disputar a corrida em Interlagos no dia 27 de novembro, a última do atual campeonato, que tem Sebastian Vettel próximo do título. A situação de Bruno Senna na Renault-Lotus talvez seja a menos complicada. O brasileiro é o terceiro piloto da equipe e andou duas vezes com o carro do time neste ano: em um teste em Jerez de la Frontera, em fevereiro, e no primeiro treino livre para o GP da Hungria, no fim de julho. Em ambas as ocasiões, seu desempenho foi elogiado pelos engenheiros da equipe anglo-francesa. E o desempenho do alemão Nick Heidfeld não está agradando aos chefes do time. Além disso, no início de agosto, a Genii Capital, dona da Renault-Lotus, fechou uma parceria com a incubadora de projetos brasileira WWI. A nova empresa tem um portfólio de US$ 10 bilhões em investimentos no setores automobilístico, imobiliário, energético e de telecomunicações. Gerard López, dono do time de Fórmula 1 e presidente da empresa, esteve no Brasil em julho tentando viabilizar patrocinadores brasileiros para sua equipe. Para completar, a montadora francesa que dá nome ao time tem um grande interesse em aumentar sua participação no mercado brasileiro. Na Lotus, equipe de propriedade do empresário malaio Tony Fernandes, o baiano Luiz Razia também tem boas chances. Ele já tem a participação no primeiro treino livre do GP do Brasil garantida, mas busca uma chance como titular. O brasileiro disputa atualmente a GP2, principal categoria de acesso à Fórmula 1, e cresceu nas últimas etapas do campeonato. Entretanto, sua situação ainda depende da aparição de alguns parceiros comerciais para a equipe. "A Lotus está analisando com carinho. Meus resultados na GP2 estão evoluindo. Estamos em terceiro no Mundial, uma equipe que nem caminhão tinha quando eu cheguei. É muito difícil para mim, ninguém conhece Luiz Razia. Ao longo dos anos, estou construindo minha carreira. Temos 20 pilotos brasileiros aqui fora e acho que todos estão sem patrocínio. Se a gente não conseguir mudar isso, vão ser realmente poucos brasileiros no automobilismo no futuro", disse.