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Meia decidiu o clássico ao marcar o terceiro gol do Leão |
O pintor só viu os detalhes do seu quadro após ser exposto pra mais de 23 mil presentes no Ba-Vi do Barradão. "Eu não vi a bola entrar. Eu vi ela passando da barreira e escutei um leve barulho. Aí, quando os torcedores pularam atrás do gol e os companheiros vieram pra cima de mim, eu percebi que tinha entrado. Foi perfeita", conta Geovanni, o homem da cobrança de falta que garantiu o triunfo por 3x2 rubro-negro no clássico.
Antes do golaço, o camisa 10 do Vitória passou 30 segundos de pura conversa com a bola. "Tinha muito tumulto na hora. Era um pedindo pra bater assim, eram outros em cima do juiz. Apenas me concentrei e alertei o árbitro sobre a distância da barreira. Eu tinha que bater e mais nada", comenta o experiente meia de 32 anos.
Chateado - O primeiro gol no ano, mas não o primeiro num Ba-Vi. Ano passado, no jogo de ida da semifinal do estadual, em Pituaçu, Geovanni também acertou o pé do bico da área: 1x0, gol de falta. Na época, Geovanni era um dos artilheiros do campeonato e vivia um grande momento, como começa a passar novamente.
Nos últimos três jogos, justamente quando ele virou titular, foram três vitórias, cinco assistências e um golaço decisivo no domingo. "Fico feliz de ter entrado bem. Tava uma situação que era ou vai ou racha. Crescemos no momento certo e ganhamos o Ba-Vi mandando no jogo. A atitude do nosso time mudou".
Durante o tempo em que esteve de fora, Geovanni chegou a sequer ser relacionado em alguns jogos. Ele ensina como superou o momento ruim. "Quanto mais chateado eu ficava, mais me dedicava. Não falei nada, mas a tristeza existia. Se fosse antigamente, talvez eu falasse alguma besteira numa entrevista", compara. Agora é manter o futebol alegre e eficiente pra não sair mais do time rubro-negro.