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Hoje no Atlético-MG, Lee fala sobre saída conturbada do Vitória

Goleiro revelado na Toca do Leão deixou o clube em 2010, após término de contrato: "fiquei triste, não queria ter saído"

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19/03/2014 às 17:28 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:17 - há XX semanas
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Lee chegou ao Atlético em 2011, mas só estreou este ano
A vida de goleiro é dura e Lee sabia disso quando escolheu a carreira. Revelado nas categorias de base do Vitória, ele hoje defende o Atlético-MG e tem a concorrência de Victor, cotado para ir à Copa do Mundo, e Giovanni. O atleta de 26 anos não descarta uma transferência para poder jogar mais, mas frisa que está feliz no Galo.
Em entrevista ao iBahia Esportes, Lee falou sobre o momento que vive no Galo e também lembrou da saída conturbada do Rubro-negro em 2010, quando seu contrato terminou e ele acabou no clube mineiro. Curiosamente, sua estreia pelo atual campeão da Libertadores só aconteceu cerca de três anos depois, no Campeonato Mineiro deste ano, diante do Tupi. Em 2012, Lee chegou a defender o Boa Esporte por empréstimo, mas também não teve muitas oportunidades. Natural de São Paulo, o goleiro do Atlético-MG diz gostar de Belo Horizonte, mas ainda revela que pretende morar em Salvador depois que pendurar as luvas. Quer ler mais notícias de esporte? Clique aqui
Apesar de ter ido para o Atlético-MG em 2011, só este ano você estreou no clube. Está difícil ter sequência?
A concorrência é muito grande. Aqui tem grandes goleiros também. Eu tive uma sequência de três jogos (contra Tupi, URT e Villa Nova, no Campeonato Mineiro), aí o Victor voltou, o Giovanni voltou. Quando eu estava pegando o gostinho, voltei para o banco. Agora é esperar surgir outra oportunidade ou o interesse de algum clube.
Então você já pensa em procurar um novo clube visando mais oportunidades este ano?
Sempre penso, mas eu preciso de uma coisa que seja boa para mim e para o clube. É continuar mantendo esse ritmo, mesmo sem estar jogando. É importante para o goleiro estar sempre atuando, mas é um posição difícil. O goleiro sente se fica muito tempo sem jogar, mas eu estou feliz no Atlético-MG. É um clube grande, com estrutura, que disputa Libertadores e outras competições importantes.
Como tem sido conviver com jogadores que também atuam na Seleção Brasileira?
É muito bom, principalmente pelo aprendizado no dia a dia. Falando mais do Victor, ele é um grande goleiro, a nível de Seleção, muitas vezes escolhido como o melhor do Campeonato Brasileiro. A gente tenta aprender, fazer essa troca de experiências. Tanto ele, como o Giovanni e eu, a gente aprende junto. A gente compartilha muita coisa, trocando ideias para aprimorar a parte técnica e também física. Em relação aos outros jogadores, é bacana conviver com caras como Jô, Réver, Ronaldinho... A gente se sente motivado por trabalhar com eles.
Tem acompanhado o Vitória?
Tenho acompanhado. Foi um começo de ano meio complicado. Os times menores começam a preparação muito antes e os resultados às vezes não são os esperados. Vi que o Vitória foi eliminado na Copa do Nordeste, que eu até fui campeão quando joguei em 2010. Torço sempre para o time. Fiz grandes amigos aí e sempre que posso acompanho. O elenco mudou muito, mas sempre falo com o Gustavo (goleiro).
Sua saída do Vitória em 2010 foi um pouco conturbada. O que aconteceu?
Com seis meses para finalizar meu contrato, eu já podia assinar pré-contrato com qualquer outro clube, mas isso não aconteceu. Não assinei com nenhum. O Vitória demorou um pouco para demonstrar interesse na minha permanência. Eu quis renovar, eu mesmo subia para conversar sobre isso na direção, mas não demonstravam muito interesse. Quando demonstraram, passei tudo para o meu empresário e ele achou algumas propostas melhores. Aí tive que sair.
Você sente alguma mágoa por isso?
Não guardo mágoa. Fiquei triste, não queria ter saído. Muitos torcedores pensam que saí por dinheiro, mas foi o contrário. Eu mesmo queria ficar, mas são coisas que acontecem no futebol. Não teve o interesse. Eu estava em um momento bom, mas não teve a valorização. Não falo de dinheiro, mas de valorização profissional. O Vitória foi o time que me projetou, que meu deu oportunidade de jogar, atuar. Fiz minha base toda no Vitória. Não tenho mágoa.
Na história recente do Vitória, os goleiros titulares têm vindo de fora. Falta oportunidade aos arqueiros da base?
O Vitória sempre foi vitrine de goleiro, sempre revelou grandes goleiros, sempre teve aceitação muito grande. Quando cheguei, todos os goleiros do profssional eram da base. Depois da queda para a Série C, deu uma reformulada, passaram a contratar goleiro. Acho que começou a partir desse momento, naquele período de decadência nos campeonatos. Aí optaram por contratar. Não sei dizer se é questão de oportunoidade. É opção do clube. A posição de goleiro é meio complicada.
Sem jogar regularmente e sabendo que as chances são raras, o que tem te motivado no dia a dia?
A profissão que escolhi foi essa, ser goleiro. É uma coisa que amo. Tenho que estar motivado todos os dias para mostrar meu melhor. Se eu não achar motivação... Tenho que ser assim todos os dias. Futebol a gente sabe que sempre dá voltas. Se a gente não tiver preparado para agarrar a oportunidade que aparece, perde a chance.
Sente falta de Salvador?
Salvador é uma cidade que penso em morar futuramente. Gosto muito daí. É onde está a família da minha esposa.

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