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Jogador e técnico se conheceram na Portuguesa |
Ele não faz gol ou mabalarismo com a bola em campo. Tampouco aparece pra torcida. Mas é um jogador fundamental no esquema de Vagner Benazzi. Trata-se do volante Preto, homem de confiança do experiente treinador. Para se ter uma ideia dessa importância, Preto não sabe o que é sentar no banco de reservas. O volante chegou ao Vitória em meados de agosto e, de lá pra cá, foi titular em oito jogos e só ficou fora de três, mas por conta de contusões. É ele e mais dez, mesmo.A relação com o comandante rubro-negro é de confiança e amizade. Tudo começou na Portuguesa, em 2006. "Estava no São Caetano e faltavam 12 jogos pro fim da Série B. Fui pra Portuguesa indicado por Candinho. O time estava a 12 pontos do primeiro time fora da zona. Era complicado. Aí Candinho caiu e Benazzi chegou. Salvamos a Lusa na última rodada", conta.Depois desse sufoco, ganhou moral com o professor e passou a ser a sua perna direita dentro dos campos. "Foi ali que comecei a escutá-lo. Ele disse que confiava muito em mim. Não só pelo o que eu produzia em campo, mas do meu caráter também. Passei a segui-lo sempre", explica o volante, que ficou na Lusa até 2009, junto com Benazzi.E a relação entre os dois é bem aberta. Rola até resenha entre a galera rubro-negra. "O pessoal até brinca, diz que ele é meu pai. Eu considero mesmo, profissionalmente". Mas não pense que, por isso, Preto é intocável no time. Se estiver mal, leva puxão de orelha e sai na hora. "Já estive mal em outras oportunidades e ele me tirou. Não tem isso entre a gente", explicou.
Bem fiel - Desde o encontro na Lusa, Preto virou seguidor oficial de Benazzi. "Ele me dá conselhos em tudo na minha vida. Uma coisa que eu considero é que Benazzi nunca mentiu pra mim. Aonde ele for, ele me leva. Foi assim no Avaí, mas não deu certo e agora aqui no Vitória". A chegada ao Leão foi resolvida numa ligação. "O Preto é um jogador que já conheço. E coincidiu dele me ligar e perguntar se eu não tava precisando dele. Eu falei que sim. Ele chegou mais ou menos na parte física e deu uma melhorada", avaliou Benazzi.
Preto é um jogador que dificilmente vai resolver uma partida, por isso aparece pouco para o torcedor. O volante sabe disso, mas não se incomoda. Sabe que está ali para ajudar ao máximo. "Pela função que venho fazendo, não apareço muito, não chuto no gol. Eu e Uelliton estamos ali para destruir as jogadas adversárias e servir Gilberto e Geovanni. O torcedor pode não ver, mas estamos fazendo o nosso trabalho".
Apesar de estar há menos de três meses no Vitória, Preto pretende seguir um bom tempo por aqui. "Gostei muito da cidade, minha família está adaptada. Se eu falar que não quero continuar, estaria mentindo. Tenho intenção de ficar, mas vai depender do que ocorrer no final dessa temporada", disse.