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Há 30 anos, ele começava a carreira de jogador de futebol na Portuguesa. Com a bola nos pés, Jorginho não conquistou títulos no clube paulista. Deixou o melhor para depois. Em 2011, já como técnico, o paulista de 47 anos conseguiu o acesso à Série A com a Lusa de forma surpreendente, com 23 vitórias, 12 empates e apenas três derrotas. Taça na mão e reconhecimento garantido. O carinho é eterno, mas domingo, às 18h30, no Canindé, Jorginho promete deixar o coração de lado. No comando do Bahia, o treinador sabe da importância de um resultado positivo em São Paulo. Somente quatro pontos acima da zona, o Esquadrão admite a obsessão pelos três pontos. “O carinho é grande e agradeço por tudo o que me proporcionaram. Eu nunca vou esquecer da Portuguesa, mas hoje o meu coração torce e luta pelo Bahia”, diz Jorginho, ansioso pelo reencontro. O comandante tricolor, porém, deixa claro a sua torcida pela Portuguesa nessa reta final de Brasileirão. Para ele, Bahia e Lusa têm condições de escapar da Série B sem maiores sustos. “Esperamos sair dessa juntos. Domingo os amigos ficarão de lado, mas depois vou torcer por eles”, confessa. Depois de conquistar a Segundona pela Lusa, Jorginho recebeu propostas de outros clubes e, mesmo com o desmanche do elenco vitorioso, preferiu continuar no time. Se deu mal. Foi rebaixado para a Série A-2 do Paulistão no primeiro semestre. O técnico conhece a Portuguesa, mas acha que não terá tanta vantagem assim quando a bola rolar. “As pessoas mudam e eles devem ter modificado muitas coisas da minha época. Conheço o time, mas não existe vantagem”. A diferença pra Portuguesa é de apenas três pontos na tabela de classificação , por isso, Jorginho entende que o triunfo é fundamental. “Eles estão um pouco à frente e nós podemos igualar. Não podemos vacilar nesse momento”, avisa.
ConvocaçãoPor fim, Jorginho lembra dos baianos que moram em São Paulo e faz um apelo: “eles sempre compareceram quando eu estava no lado da Portuguesa. Só quero ver agora. Precisamos do apoio de todos os baianos lá”.
Matéria original do CorreioÍdolo na Portuguesa como jogador e técnico, Jorginho diz que a paixão fica de lado