A histórica campanha da Islândia na Eurocopa de 2016, quando foi eliminada apenas nas quartas de final, não se repetiu na primeira Copa do Mundo do país. Acostumada a jogar sem a posse de bola, o time mostrou não ter muito cacoete nesta terça-feira quando precisou ir ao ataque contra um time misto da Croácia. Com a vitória magra argentina sobre a Nigéria, bastava uma vitória simples contra o adversário já classificado, mas o time islandês perdeu por 2 a 1, em Rostov-do-Don. Com 100% de aproveitamento no Grupo D, os croatas enfrentarão a Dinamarca nas oitavas de final, domingo, às 15h, em Níjni Novgorod.
A Croácia não fez cerimônia. Já classificada, poupou nove atletas. Só os titulares Modric e Perisic permaneceram na equipe. Ainda assim, o time não teve problema para contrar a bola na partida. Quando na outra partida do grupo Messi abriu o placar para a Argentina, aos 14 minutos de partida, os croatas tinham 72% de posse de bola. Ao fim do jogo, mesmo com a pressão adversária, a bola ficou com os croatas em 59% do tempo.
Chances islandesas
Os islandeses foram obrigados a mudar sua usual postura. Não de forma dramática, mas as chances de gol acontenceram. Foram oito finalizaçoes contra cinco da Croácia. Por muito tempo, a impressão era de que a melhor arma era o "latereio". Trata-se do lateral batido tão forte que parece um escanteio, típico dos times que têm dificuldade de arma. Foi assim que, aos 27, Magnusson resvalou de cabeça. A bola passou perto do gol, assustando o goleiro Kalinic.
Com a pressão, que consistia em roubar a bola no campo de ataque, a Islândia melhorou. Na melhor das chances, aos 39, Finnbogason aproveitou de saída de bola ruim da Croácia, tabelou com Sigurdsson e chutou na rede pelo lado de fora. Aos 46, após bola levantada na área, o goleiro Kalinic espalmou para frente. Bjarnason teve a chance de marcar. Livre, faltou calma para o islandês que chutou em cima da defesa. No último lance, Gunnarsson chutou colocado no ângulo para boa defesa de Kalinic.
Croácia abre o placar
Era impossível não pensar na outra partida do grupo. Enquanto Mascherano cometia pênalti em São Petersburgo que resultaria no empate nigeriano, Badelj chutava de longe e acertava o travessão. Na jogada seguinte de perigo em Rostov-do-Don, aos 7, o volante croata marcou aproveitando-se de bola rebatida na área. O gol colocou a Islândia em situação delicada. A partir daquele momento, já com a Nigéria empatando em 1 a 1 com os argentinos, seria necessário uma virada para 3 a 1.
Apesar da tarefa ter ficado ainda mais difícil, a Islândia estava disposta a buscar o resultado. Aos 10, Inganson chutou com perigo e a bola parou no travessão. Aos 29, ao tentar cortar um cruzamento, Lovren tocou com o braço na bola e cometeu pênalti. Sigurdsson foi para a cobrança e marcou: 1 a 1.
Ainda não era o suficiente, mas, com o gol de Marco Rojo e a vitória de 2 a 1 da Argentina em São Petersburgo, bastava mais um gol para a classificação. Demorou pouco tempo o sonho sobreviver. No contra-ataque croata, aso 42, Perisic recebeu na área e colocou a Croácia de novo em vantagem. O gol significou o fim do sonho islandês e a classificação croata com 100% de aproveitamento.
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Redação iBahia
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