O último sábado (27) foi pra lá de especial para um jovem atacante do Bahia. Carlos Alberto Guimarães Filho, ou simplesmente Jacó, fez sua estreia pelo Tricolor com direito a participação direta no gol do companheiro João Leonardo. O Esquadrão bateu o Luverdense pelo placar mínimo, em duelo válido pela Série B do Campeonato Brasileiro e, de acordo com o atacante de 19 anos, a sensação de debutar pelos profissionais foi indescritível.
"Não tenho como descrever. Só posso garantir que foi a realização de um sonho que guardo desde os 15 anos, quando cheguei ao clube. Sempre desejei jogar na Fonte Nova e ser decisivo num jogo para nossa torcida. Mais feliz ainda por ter a presença de meus pais na arquibancada torcendo por mim", disse o carioca de Campos dos Goytacazes.
Jacó se disse surpreso por começar a partida jogando, já que dois dias antes estava atuando pelo sub-20 do clube. Foi dele a assistência que terminou no gol de João Leonardo, o único da partida e, apesar de estar acostumado a balançar as redes, o centroavante garantiu que não tem problemas em servir os colegas quando preciso.
"Confesso que não esperava entrar jogando. Imaginei que pudesse ter uma chance durante a partida. Mas, graças a Deus, o professor Sérgio Soares optou por mim e pude colaborar com a equipe. Apesar de ser centroavante, sou um jogador que procuro colaborar tanto na armação, quanto na marcação. Preciso me sentir útil em campo. A ideia é sempre atender as orientações do treinador com minha característica de jogo. Bom que o Léo aproveitou e fez o gol. Ele merece", contou.
O atacante foi artilheiro do Campeonato Baiano sub-20 deste ano, com dez gols e já possui um gol no Campeonato Brasileiro da categoria. Agora, ele espera uma nova chance de poder atuar nos profissionais. "O ano tem sido muito bom para mim. A artilharia no baiano, a boa campanha no Brasileiro sub-20, onde temos 100% de aproveitamento, e agora a oportunidade no time principal. É continuar trabalhando para manter essa sequência de coisas boas na carreira que está só começando", comemorou.
O pai de Jacó, Carlos Alberto Guimarães, comentou a estreia do filho e explicou o motivo do apelido. "Imaginávamos que seria uma partida complicada, porque o Luverdense sempre joga fechadinho. Estou imensamente alegre por Jacó ter tido influência direta no lance que decidiu a partida. Parabéns ao Bahia e ao Sérgio Soares por valorizar a base como tem feito", disse.
"Na realidade, meu apelido era Jacó. Veio da família religiosa. Quando tive meu filho, coloquei o mesmo nome que o meu, mas meu pai disse que se eu sou Jacó, meu filho é Jacozinho. O apelido pegou na família e entre os amigos. Acabou que no futebol ficou só Jacó e ele leva isso até hoje", revelou.
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