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Judô transforma vida de crianças no Bairro da Paz

A iniciativa surgiu quando Maicon França se mudou de Paripe, onde seu pai, Marcelo França, mantinha um projeto semelhante

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29/03/2012 às 10:13 • Atualizada em 30/08/2022 às 9:09 - há XX semanas
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Crianças aprendem que briga só no tatame
A hora do tatame é a mais aguardada pelos pequenos da creche do Centro de Educação Infantil Nossa Senhora da Misericórdia, mantida pela Santa Casa da Misericórdia, no Bairro da Paz. Duas vezes por semana eles se jogam no chão, rolam, saltam por cima do professor... Conhecem, sem perceber, os fundamentos do judô. O principal: cair e levantar. Luta, só de brincadeirinha e muito de vez em quando. E se brigar fora do tatame, ai ai ai. Maicon França é o responsável por ensinar os passos da arte marcial japonesa cuja tradução é “caminho suave”. Suavidade que contrasta com o cotidiano das crianças do bairro. E, acredite, manter essa turma sob controle dá trabalho. O exercício preferido é quando o professor, no chão, joga os meninos por cima da cabeça. É como um voo para as crianças. “Eu gosto quando joga pra cima”, confirma Maicon Vinícius, 5 anos.
Seu ídolo? Fácil, o professor e xará Maicon França. Mas, tirando o professor? O dedo aponta a mesma direção. Transformação - A iniciativa, voluntária, surgiu quando Maicon se mudou de Paripe, onde seu pai, Marcelo França, mantinha um projeto semelhante. Os tatames e quimonos são doação da Technico, empresa de equipamentos pesados que patrocina Maicon. Atualmente, ele integra a seleção brasileira e vive a expectativa de ir à Olimpíada. Após a aposentadoria de Flávio Canto, Maicon é o 3º no ranking até 81 quilos, atrás de Leandro Guilheiro, número 1 do mundo, e Nacif Elias. Quando foi morar em Piatã, Maicon procurou um local perto de casa para retomar a ação social financiada pelo patrocinador. “Vi no jornal que era o bairro mais violento de Salvador e decidi que seria o melhor lugar para o projeto”. Hoje, 100 crianças de até 5 anos frequentam as aulas. Edla Fonseca, diretora da creche, lembra que já teve que fechar às pressas por causa de tiroteio, mas faz questão de destacar que, hoje, o bairro está bem mais tranquilo. “Estamos tentando implantar balé e capoeira, mas ainda não achamos professores voluntários”, dá a dica.

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