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Leitor fominha, Pedro Ken terá que ler o jogo no Armandão

Provável titular na partida deste domingo, o meia fala sobre como adquiriu o costume da leitura e como eles interferem na vida dele

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11/03/2012 às 14:52 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:26 - há XX semanas
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Pedro Ken sobre livros: "eles me ajudaram de várias formas"
Gabriel García Márquez vem sendo o principal companheiro de Pedro Ken, titular pela segunda vez no Vitória, às 16h, contra o Camaçari, no Armando Oliveira. O livro Cem Anos de Solidão, escrito pelo autor colombiano, é objeto obrigatório na mesa de cabeceira dele desde o final de janeiro. "É uma história bacana e diferente. Meu irmão me recomendou e eu estou gostando. Ele é um grande autor e é o segundo livro dele que eu leio. Já tinha lido Memória de Minhas Putas Tristes e também achei legal. Esse agora já tô terminando", contou, bem embasado, o meia. Só não chegou às páginas finais ainda porque o goleiro Renan, atual companheiro de quarto nas concentracões, anda atrapalhando. "Eu gosto de ler principalmente antes de dormir e Renan fica incomodando lá no quarto, com a televisão alta, enchendo o saco. Aí não dá pra concentrar", explicou, em meio a risos. Gabriel García Márquez não foi o único grande escritor que conquistou o jogador. Antes do Vitória, Pedro Ken conheceu a Bahia através das palavras de Jorge Amado, no romance Capitães da Areia. O atleta de 24 anos cultiva o hábito de ler desde os 16 anos. Ganhou do pai, seu Cristiano, O Poder do Subconsciente, livro de auto ajuda do irlandês Joseph Murphy. Curtiu e tomou gosto pela coisa. Seu Cristiano queria que os livros o ajudassem a superar os obstáculos no mundo da bola. Adiantou: "Eles me ajudaram de várias formas. Um livro que me marcou foi a biografia do Lance Armstrong, o ciclista que teve câncer, ficou com 3% de chance de sobreviver, superou e se tornou sete vezes campeão do Tour de France. É uma lição de vida", pontua o jogador, que, em 2008, rompeu o ligamento cruzado do joelho e ficou sete meses afastado dos campos. "Também já li a biografia do Michael Phelps, do Zidane... Todas elas têm alguma coisa pra passar", indica. Faculdade - O pai foi o principal incentivador de Pedro na leitura e nos gramados. "Meu pai é engenheiro elétrico e um homem muito culto. Sempre se importou com minha formação escolar, mas nunca deixou de me apoiar no futebol", orgulha-se. O meia rubro-negro chegou a frequentar a universidade. Passou de primeira no vestibular da PUC de Curitiba e cursou o primeiro semestre de Educação Física. Trancou o curso por não conseguir conciliar as aulas e as viagens do Coritiba, clube que o revelou. Abandonou os estudos, mas continuou lendo. E muito. "Às vezes, leio dois ou três livros ao mesmo tempo, de temas diferentes". Por isso, até evita entrar em livrarias. "Se eu for, compro vários e fico com um monte lá em casa". A mania da leitura gera brincadeiras entre os boleiros, mas alguns acabam incentivados. "No Coritiba, eu e Keirrison concentrávamos juntos. Ele me via lendo e começou a ler", conta. Solteiro, os livros ajudam Pedro Ken a espantar a solidão em casa. E, nas viagens, a passar o tempo. "Leio no avião e quando a gente fica preso em aeroporto. E quando tô sozinho em casa, sempre leio também". Além de boa companhia, os livros são para Pedro verdadeiras fonte de aprendizado: "Você conhece histórias reais, as dificuldades e as superações. Além de ajudar a relaxar e distrair, os livros têm muita coisa a ensinar pra gente".

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