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Leoa do octógono: a baiana de mão pesada que vai partir para o nocaute no UFC

Aos 22 anos, Amanda vai para os Estados Unidos, onde luta pelo Strike Force, fraquia do Ultimate Fighting Championship

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05/05/2011 às 20:17 • Atualizada em 29/08/2022 às 18:23 - há XX semanas
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"Quem parar comigo daqui para frente vai ter pedreira". Que tal o cartão de visitas? Nada mal para apresentar a baiana Amanda Lourenço Nunes - é bom guardar esse nome. Aos 22 anos, ela vem ganhando espaço no cenário do MMA, e, entre um golpe e outro, está na melhor fase da recente carreira e com contrato fechado para pelo menos cinco lutas na Strike Force, franquia do MMA comprada há pouco tempo pelo UFC, que monopoliza o mercado mundial desse esporte. Se hoje Amanda dá trabalho às oponentes no octógono, antes era à dona Ivete Loureço, a mãe, que ela fazia suar. "Eu era muito agitada, sempre estava quebrando as coisas, era toda destrambelhada. Procurava até umas confusões", ela confessa. Mas agora, de viagem marcada para os Estados Unidos, é hora de não dar vida fácil às rivais nos duelos do Strike Force. O gosto pelo esporte, ela mesma diz: "é algo que já veio no sangue". A pojuquense então se rendeu ao que o corria nas veias e, aos 19 anos, começou a treinar pesado. O resultado de tamanha dedicação são oito lutas no MMA, com o invejável currículo de seis vitórias por nocaute, uma por pontos e penas uma derrota, que ela logo se justifica: "essa luta que eu perdi foi logo no começo, eu tinha muito que melhorar. Agora estou em outro patamar". Amanda tem um apelido. Segundo ela, ele traduz muito do que ela é quando está dentro do octógono: a Leoa dos ringues. Mas porquê Leoa? Ela responde: "Levo isso comigo, esse espírito de guerra, de leoa mesmo. Eu penso só em ganhar, na cabeça não passa mais nada a não ser o momento da luta". Para quem for encarar a feroz felina, fica o recado: "eu venho treinando muito, cada vez mais. Então quem se parar comigo daqui pra frente... vai ser pedreira", está avisado. Os mestres - Quem ouve os tratamentos de "molecona" e "molecão", entre Amanda e o treinador Gilmar Reis, logo percebe que a parceria de quase cinco anos aproximou bastante o mestre da aprendiz. Especialista em boxe, Gilmar tem uma rotina diária de treinos ao lado da lutadora. "O forte da Amanda é que ela é uma atleta muito inteligente. No chão ela desenvolve em alto nível, em cima também. Poucos homens têm a mão que essa menina tem", revela o treinador, orgulhoso. O peso da mão da "molecona" não é admirado apenas pelo professor Gilmar. Há pouco mais de um mês integrando a equipe de treinamento da atleta, Márcio Bittencourt, faixa preta de jiu-jitsu, chegou a ser árbitro em uma das lutas de Amanda. "Ela tem um golpe de mão muito forte. Eu tive que intervir rapidamente pra ela não machucar a menina", lembrou o mais novo mestre da jovem lutadora. Inspiração - Nocaute doméstico para a Leoa. É só falar da mãe, o "braço direito", e os olhos marejados denunciam a forte ligação. "Todo esse sucesso eu devo a ela, que me colocou nessa direção e tudo mudou. Na minha vida ela é tudo", disse emocionada. Outra inspiração para Amanda, que faz ela parar na frente da TV para admirar - e ensaiar os golpes - é o atual campeão dos pesos pesados do UFC, Cain Velasquez, ídolo da baiana.

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