Elkeson recebe de Rildo, espera a redonda ficar no ponto e cutuca pra rede. Ele vai pras câmeras e dança o pagodão do Saiddy Bamba, 'Vai chorar, é?'. O segundo gol do Leão nos 3x0 do primeiro Ba-Vi do ano, em 6 de fevereiro, vira resenha na cidade e irrita os tricolores. Quinze dias depois, o Bahia fez 2x0 no rubro-negro e os jogadores do rival não aliviaram na provocação. Uelliton e Neto Baiano acabaram expulsos.
Enfim, uma simples atitude provocou uma série de más consequências ao Vitória. Esperto, Antonio Lopes tratou logo de cortar as asinhas da rapaziada. Em caso de gol no clássico de domingo, em Pituaçu, no primeiro jogo da semifinal do Baiano, nada de provocar. Lopes já ordenou. O acerto entre técnico e jogadores rolou a portas fechadas em reunião realizada ontem à tarde, antes do treino, no vestiário do Barradão.
Cautela - Elkeson, o protagonista da dancinha cheia de veneno, nem sonha em desafiar a palavra do delegado, que não quer motivação extra para o Bahia no jogo de volta. "Isso faz parte do Ba-Vi, mas vamos deixar a provocação para a torcida", comenta ele, um dos seis titulares poupados no empate de 0x0 com o Camaçari, sábado.
Nikão, artilheiro do Vitória no estadual com nove gols, está na mesma maré do companheiro de ataque. "É melhor evitar. Que eles nos respeitem também, porque briga não leva ninguém a lugar nenhum. Se eu dançar, não vai ser pra provocar", promete.
A recomendação de Lopes abrange também o famoso 'toca e vira a cara'. Pra ele, é um desrespeito ao adversário. Neto Baiano, reserva domingo, vai mais calminho. "Eu e Uelliton já somos jogadores marcados pelos árbitros. É evitar", diz, na manha.
Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 19 de abril de 2011
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