|
---|
Marquinhos Santos já tem o seu trabalho questionado |
Nova estreia em 2014 e nova decepção. Se, para alguns, o Bahia parecia evoluir com o passar dos jogos da Copa do Nordeste, ainda que eliminado na 1ª fase, as aparências enganaram na largada do Campeonato Baiano. A derrota para o Galícia por 2x1, ontem, de virada, decepcionou a todos: jogadores, técnico e, principalmente, torcedores.É fato: a decepção é proporcional à expectativa. Por isso, a involução do time do treinador Marquinhos Santos gerou tanta revolta a quem foi à Fonte Nova. Não tinham nem 20 minutos de bola rolando no 2º tempo e Madson, Talisca e Maxi Biancucchi já eram vaiados. A paciência parece que acabou. “As vaias são pela expectativa criada. Quando (o que o torcedor espera) não acontece, acaba havendo isso”, afirmou o técnico Marquinhos Santos, entendendo o sentimento dos tricolores no estádio.Apesar de elegerem os alvos errados, já que os dois jogadores oriundos da base e o atacante argentino estão longe de serem os culpados pela situação, os torcedores sonhavam que a democracia fora dos campos fizesse o Bahia deixar as goleadas e os vexames irem embora junto com 2013. O mau desempenho deixa o torcedor com medo. Medo de não se classificar também no estadual, medo de sofrer pelo quarto ano consecutivo com o time lutando para não voltar à Série B do Campeonato Brasileiro, a partir de abril.Em relação ao time, Marquinhos começa a se enrolar. Promoveu a volta de Fahel ao time titular, afirmando que era uma “coerência”, já que o volante havia sido substituído por Rafael Miranda, no 1x0 sobre o CSA, quarta-feira, por suspensão. Coerência que não houve quando Raul saiu pelo mesmo motivo, Guilherme Santos entrou, jogou melhor e permaneceu como titular.Talisca já foi ponta, volante, meia e até centroavante, quando é sabido que se comporta melhor como meia e vem de trás carregando a bola. Ontem, Marquinhos barrou Hélder e colocou Branquinho, que ainda parece no fuso horário japonês.O treinador pede um camisa 9, e a diretoria corre atrás de um plano B após o desacerto com o chileno Sebá. Mas também é verdade que se Maxi estivesse fazendo gols como no ano passado, no Vitória, um centroavante não faria tanta falta. O Bahia cria, mas não faz. Enquanto o contratado não chega, as únicas opções no elenco são os garotos. Rafael atuou um tempo na estreia da Copa do Nordeste, quando o grupo estava sem preparo físico e ritmo de jogo, e foi esquecido. Nadson era artilheiro na base. “Eu tenho que trabalhar e esperar que esses trabalhos venham a dar frutos”, afirmou o técnico. Quarta tem a Jacuipense, em Pituaçu.Correio*
Derrota do Bahia decepciona técnico e mau desempenho deixa o torcedor com medo