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No início da atual temporada, Maxi Biancucchi era um problema. Com o salário mais alto do elenco (cerca de R$ 170 mil), o argentino chegou a ser taxado como “chinelinho” por parte da torcida, principalmente após as declarações do auxiliar Charles Fabian que, sem citar nomes, reclamou da falta de compromisso de alguns jogadores na entrevista pós-rebaixamento concedida no final do ano passado, ainda no estádio Couto Pereira, em Curitiba. A manutenção de Maxi para 2015 não era algo que estava inicialmente nos planos da diretoria tricolor, que assumiu o clube em janeiro. A falta de boas propostas para liberar o atleta, que tem contrato até o fim de 2016, e uma conversa franca como presidente, Marcelo Sant’Ana, decretaram a permanência do camisa 7 tricolor, que só agora vem provando que todo o investimento feito na sua contratação não foi em vão. Maxi mudou. A começar pela nova função dentro de campo, fruto da percepção do técnico Sérgio Soares. O crescimento da equipe coincidiu com o seu retorno entre os 11, motivado principalmente pela atuação contra o Globo, no Rio Grande do Norte, pela Copa do Nordeste,quando marcou duas vezes depois dos 40 minutos do segundo tempo, após sair do banco de reservas, garantindo a virada tricolor numa partida que parecia perdida. Uma formação que parecia improvável se tornou letal aos adversários. O trio Maxi, Léo Gamalho e Kieza, se tornou a principal arma do time, como argentino atuando pelo meio, entre os dois centroavantes. Regularidade Em 14 jogos do Bahia no ano, Maxi só ficou fora de dois e foi titular em dez. Até então, marcou seis gols e deu três assistências. As lesões que tanto o atrapalharam não são mais um problema. Fisicamente, o camisa 7 está voando, assim como o restante do elenco. O tão esperado gol em Ba-Vi, pelo tricolor, também já saiu em 2015. O bom momento vivido pelo atacante já faz os tricolores esquecerem da relação custo x benefício tão citada no ano passado. Maxi agora é solução, ao menos dentro da quatro linhas.