Mendes, agora no Paysandu, promete correr muito contra o Bahia

Mendes tem uma relação especial com a Bahia. E não só com o clube que leva o nome do estado, pelo qual teve passagem turbulenta em 2010. No Vitória, o momento foi melhor em 2006. Amanhã, o atacante de 34 anos, que agora defende o Paysandu, ficará frente a frente com o tricolor. Duelo pela Copa do Brasil. É matar ou morrer.

"Estamos bem preparados e motivados pelo título do primeiro turno do estadual que acabamos de ganhar", disse. Mendes não se deixa intimidar pelo fato de enfrentar uma equipe de Série A. O atacante aproveita para cutucar o ex-clube. "Não me preocupo com isso, não. Lógico que temos que respeitar a tradição do Bahia, mas são 11 contra 11. Eles estão encontrando dificuldades no Baiano, contra equipes que não tem nem um calendário garantido no segundo semestre', dispara.

O Paysandu conta ainda com nomes experientes no elenco, como o goleiro Ney, os volantes Vanderson, ex-Vitória, e Sandro Goiano, com passagens por Grêmio e Sport, além do meia Alex Oliveira, que atuou por Bahia e Vasco. Apesar de ter jogadores rodados, Mendes garante que o Paysandu não está com a validade vencida. "Temos muitos garotos também. O maior artilheiro do Brasil, hoje, com 17 gols, tem 21 anos. É o Rafael Oliveira. Não somos um time de velhos como uma parte da imprensa daí está falando. É um grupo que quer vencer".

Pelo regulamento da Copa do Brasil, o Bahia tem a possibilidade de eliminar o jogo de volta. Basta vencer o Papão, lá dentro, por dois gols de diferença. Mendes não quer saber disso e já se prepara para visitar Pituaçu. "Pra nos vencer aqui, eles vão ter que correr muito, imagine pra eliminar o jogo de volta...", falou.

Felicidade - Baiano, Mendes descobriu que sua felicidade no mundo da bola está bem longe de Salvador. "Joguei sete meses no Bahia e fiz um gol. Aqui, eu tenho 11 jogos e 10 gols. Demonstra definitivamente que minha sorte está fora da Bahia. Jogar aí é complicado pra mim. É muita perseguição, muita coisa que tira minha concentração para que possa jogar bem", finaliza.

Matéria publicada na edição impressa do jornal Correio* do dia 29 de março de 2011