A fé de Ávine não falhou. A camisa tricolor parece ser mesmo a segunda pele e o número 6 insiste em persegui-lo. Se a condição de titular no treino secreto de ontem for confirmada no jogo de hoje, às 19h30, contra o Paysandu, ele será o sexto jogador testado na lateral esquerda do Bahia na temporada. A estreia como profissional foi em 2006 e a próxima partida será a de número 226 pelo clube. Tantas coincidências são de importância pequena quando comparadas ao que representa o retorno de Ávine aos gramados, tanto para o atleta quanto para o Bahia. Enquanto “menino maluquinho”, o mineiro de Aimorés passou pelo pior momento da história tricolor. Ajudou a reconduzir o Bahia, então na terceira divisão, à elite do futebol brasileiro, após dois acessos, um em 2007 e outro em 2010. Este último o levou às lágrimas, justamente em Pituaçu, palco do jogo de hoje.
Na época, Ávine, de tranças nas cores azul, vermelha e branca, se ajoelhou no gramado, apontou os dedos para o céu e agradeceu pela conquista. Hoje, o gesto pode até se repetir, e ainda com mais emoção. Foi também em Pituaçu o último jogo. E lá se vão quase três anos. Em 8 de agosto de 2012, um 0x0 insosso contra a Portuguesa parecia ilustrar o “luto” que se iniciava. Foram sucessivas lesões no joelho direito, submetido a três cirurgias. A dúvida sobre a continuidade da carreira era real.
Ávine treinou em Pituaçu e deve ser confirmado na equipe por Sérgio Soares (Foto: Felipe Oliveira/Divulgação) |
Raul, Patric, Carlos, Bruno Paulista, Guilherme Santos, Pará, Gerley, Magal e Jussandro foram alguns que literalmente passaram sem se firmar na posição e muito menos nos corações dos tricolores. Tamanho respeito por Ávine fez o clube voltar a divulgar a lista de relacionados, algo que não acontecia já há algumas rodadas, a pedido da comissão técnica e da diretoria de futebol.
Com esse exemplo de superação tão grande, a classificação do Bahia para as oitavas de final parece palpável. É preciso golear por quatro gols de diferença ou devolver o 3x0 de Belém e ganhar nos pênaltis.
JailtonAssim como no jogo de ida, a dupla de zaga do Bahia será formada por Robson e Jailton. O sistema defensivo foi bastante criticado na ocasião, por causa das falhas nos gols sofridos. Substituto de Titi, Jailton garante estar mais atento para a decisão de hoje à noite.
“Os erros acontecem, é natural. Vamos trabalhar e focar para não errar e sofrer gols. Se sofrermos um fica bastante complicado. Vamos trabalhar, buscar os gols o tempo inteiro para classificar”, afirmou. Eduardo e Marlon, que já atuaram na Copa do Brasil, também desfalcam o time.Veja também:
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